Maicon: ninguém é maior que tu no Grêmio do século XXI

Atleta chegou ao Tricolor em 2015 e virou o maior líder do grupo
Atleta chegou ao Tricolor em 2015 e virou o maior líder do grupo / JEFFERSON BERNARDES/Getty Images
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Maicon. Seis letras que poderiam ser substituídas por outras seis: Capita. Assim é que o camisa 8 será lembrado.

Se ele não é o melhor e mais decisivo jogador que passou pelo Grêmio até aqui no século XXI, certamente é o mais representativo. Ao unir qualidade técnica, liderança, capacidade de indignação, currículo vitorioso e fala forte, foi tudo o que torcedor sonha ver em um atleta que enverga o manto tricolor.

De 2015 a 2021, deu nome a uma era que fica marcada na história de um clube que foi ao topo e, agora, não sabe o porquê da queda. Talvez os cabeças pensantes tenham encontrado nesta saída (proposta pelo próprio jogador) a solução de todos os problemas quando, na verdade, muito possivelmente estejam criando mais um, mesmo que o profissional tenha errado ao perder a cabeça na partida que acabou se revelando a sua despedida.

Maicon, definitivamente, não merecia este final. O atual Grêmio é muito pouco para Maicon. E Maicon, mesmo com seus problemas físicos, é gigante perto do que o Grêmio virou. Algum jeito era preciso dar para convencer o jogador do contrário, para mantê-lo na linha de frente - talvez nem jogar fosse preciso. Mas certamente o pedido do volante caiu como uma luva na mesa daqueles que 'decidem' e que achavam que era necessário um 'fato novo' em meio à folga geral. A direção pode desmentir, o atleta pode colocar sua versão. Mas não há como se acreditar em quem diga que o jogador não reunia condições de seguir e ajudar, de algum modo, o clube com o qual mais se identificou na carreira a sair de um dos momentos mais delicados dos últimos tempos.

O que fica? A certeza de que o volante enfrentou como nenhum outro atleta nos últimos 21 anos aqueles que ousaram tirar sarro. A certeza de que o jogador jamais ousou enganar a torcida. A certeza de que, mesmo quando não podia estar em campo, fazia os companheiros levar a sua marca para dentro das quatro linhas. A certeza de que, em sete anos, nada dentro do vestiário que ele liderou foi maior que os interesses do Grêmio.

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Capitão vestiu a camisa tricolor por sete temporada / Lucas Uebel/Getty Images

Desde que o Tricolor foi campeão do mundo, a frase “nada pode ser maior” acompanha o clube gaúcho. Pois, aqui, eu afirmo: no Grêmio de hoje, nada é, nada pode ser e nada será maior do que o camisa 8. Obrigado, Maicon. Obrigado, Capita.

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