Maior da história do Grêmio, Geromel é um zagueiro para ser apreciado
Por Fabio Utz
Há ocasiões em que é preciso esquecer as 'lambanças' da direção, os erros do treinador, a incompetência técnica de alguns jogadores e, até, o fato de o Grêmio estar na Série B. Por vezes, um fato maior se impõe - até contra o Náutico, em uma vitória até certo ponto tranquila por 2 a 0 - gols de Ferreira e Bruno Alves. E, em momentos como esse, faltam palavras para descrever Pedro Geromel.
O que ele fez no gramado da Arena na noite fria de sexta-feira é para ficar marcado nas mentes de quem, das arquibancadas, via a história aos seus olhos. Mito, monstro, Deus. As alcunhas de Geromel foram elevadas ao seu mais alto patamar com uma atuação poucas vezes presenciada não apenas por tricolores, mas pelos amantes de um verdadeiro futebol de qualidade, raça, imposição e liderança.
Em determinado momento da partida, válida pela 17ª rodada da Série B, o torcedor esqueceu qualquer tipo de birra para, simplesmente, se levantar e aplaudir - e olha que o duelo, apesar do domínio azul, não estava decidido. Sim, o gremista fez o devido reconhecimento àquele que é, sim, o maior zagueiro de todos os tempos do clube das três cores.
Que me perdoe De León, que me perdoe Adilson, que me perdoe Ancheta, que me perdoe Enio Rodrigues, que me perdoe Airton, que me perdoe Kannemann. Todos vocês foram (ou são) gigantes. Mas nenhum atingiu o patamar de mito, monstro ou Deus. Nós, gremistas, temos que aproveitar para apreciar Geromel. Sim, ele não é um jogador, apenas, para ser visto.