Manifestação de Lyanco extrapola limites exigidos de um profissional de seleção brasileira
Por Fabio Utz

Um jogador de futebol, antes de tudo, é um ser humano. Isso, claro, todos concordam. Partindo deste princípio, ele tem direito de se chatear com algum fato e expressar publicamente este sentimento. No entanto, existe o chamado limite do bom senso, que foi extrapolado por Lyanco ao tomar conhecimento da convocação da seleção olímpica realizada pelo técnico André Jardine.
acho que o Lyanco não seria caro e é uma ótima opção pra nossa zaga
— Gustavo Bispo (@Gustavo_Bispo9) May 14, 2021
O zagueiro, revelado no São Paulo e que atualmente pertence ao Torino, da Itália, precisa entender que ninguém possui lugar cativo em relação alguma. Ele pode ter história na seleção de base, ele pode fazer parte da geração que conquistou o Torneio de Toulon de 2019. Pode tudo. Mas o treinador é quem decide, e cabe aos profissionais saberem lidar com eventuais frustrações.
Lyanco pediu bremer éo próprio lyanco na seleção olímpica... Sendo que essa dupla de zaga tomou de 7×0 do milan nessa semana kkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkk pic.twitter.com/j3rKAR1toT
— fora de linha fc (@foradelinhafc) May 15, 2021
Dizer que quem comanda a equipe não merece o respeito dos brasileiros é, no mínimo, insinuar que existe algo mais grave por trás de uma simples lista, que contemplou alguns nomes e deixou outros de fora. Aliás, mesmo que o pai do atleta tenha dito que muitas pessoas cuidam das redes sociais do seu filho e que a manifestação em questão não foi feita por ele, é o nome do profissional que fica prejudicado, ainda mais partindo de premissas falsas - citou também as ausências de jogadores como Matheus Cunha, que está machucado, e Paulinho, recém voltando de lesão - para justificar sua raiva.
lyanco chapou eu acho que iria pras olimpíadas sim agora provavelmente não vai kkkkkk coitado
— Lαry (@larysspfc) May 14, 2021
Não. Definitivamente não é assim que se faz. Fica claro, mais uma vez, que há muito jogador brasileiro mimado e sem estrutura para lidar com situações que deveriam ser comuns, mesmo se achando injustiçados. O capitão de uma conquista (Toulon) pode, sim, ficar fora de uma convocação da seleção brasileira. E, supondo que realmente não tenha sido Lyanco a escrever, o fato fica ainda pior, pois é alguém que se esconde utilizando o próprio nome para ver a repercussão. Daí fica fácil. Simplesmente, lamentável.
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