Mercado do Fluminense: acertos e erros da janela de transferências do Tricolor Carioca para 2023
Por Nathália Almeida
A janela de transferências no futebol brasileiro ainda não fechou, mas podemos dizer que o "grosso" das movimentações de mercado já foi selado, afinal, restam poucos dias até o início oficial dos campeonatos estaduais que marcam a abertura da nova temporada para os clubes nacional.
Sendo assim, já é possível avaliar e analisar o saldo do mercado das grandes equipes da Série A, dentre elas o Fluminense, que chega para 2023 com altas expectativas. A seguir, o 90min destrincha a atuação do Tricolor Carioca na janela, apontando os erros e acertos do clube das Laranjeiras.
1. Os acertos
Renovações de pilares do elenco: o Flu fez um bom trabalho blindando, contratualmente, os grandes destaques da equipe. Ganso, Germán Cano, André e Manoel tiveram seus vínculos estendidos, faltando apenas o acordo para prorrogar a parceria com o imprescindível Jhon Arias;
Chegadas de Keno e Jorge: o experiente ponta chega com status de titular e, se conseguir permanecer longe das lesões, eleva o nível técnico do onze inicial tricolor; já o lateral-esquerdo é uma aposta por não ter performado bem nos últimos anos, mas é um jogador de qualidade a ser recuperado, diferente dos nomes anteriores que preenchiam o setor nas Laranjeiras;
Mais profundidade ao plantel: as chegadas de Guga, Lima e Vitor Mendes aumentam o leque de opções para Diniz promover alterações durante uma partida ou mesmo conseguir rodar o elenco durante o pesado ano. São bons jogadores contratados para brigar por espaço;
2. Os erros
Venda de Matheus Martins: é "ponto pacífico" que o Fluminense depende de negociar suas joias para sobreviver, mas os valores obtidos com a venda de Matheus Martins à Udinese-ITA ficaram muito abaixo de seu verdadeiro potencial. E podemos dizer o mesmo sobre a negociação de Luiz Henrique, craque que deixou as Laranjeiras por menos de 10 milhões de euros. O Tricolor ainda negocia muito mal as suas promessas.
Indefinição sobre Cristiano e outros: o Tricolor até fez um bom trabalho "limpando" o plantel com as saídas de Pineida, Wellington, Matheus Ferraz e outros, mas há suplentes caros e pouco aproveitados que deveriam ter sido negociados para abrir espaço na folha. Felipe Melo, Willian Bigode, Cris Silva, por exemplo, seguem no clube.
3. O que ficou faltando?
Uma contratação "de fechar aeroporto": empolgado pelo bom 2022 e pela vaga direta à fase de grupos da Libertadores deste novo ano, o Fluminense vive um momento positivo. Mas o clima favorável seria ainda maior se o clube tivesse repatriado um de seus ídolos do passado recente, como Marcelo ou Thiago Silva. Um reforço "de fechar o aeroporto" embalaria ainda mais a torcida e alavancaria o sócio-torcedor.
"Sombra" para Ganso: esse vazio ainda pode ser preenchido, caso o Flu consiga selar a contratação de Vina. Mas é fato que o setor de criação da equipe de Diniz carece de uma aquisição que divida a responsabilidade criativa com Ganso. O camisa 10 está em grande forma, mas precisará ser preservado em alguns jogos para não "estourar" e no momento não há nenhum substituto para ele no elenco.