MP oferece denúncia contra preparador físico do Universitario por ato racista em direção à torcida do Corinthians
- Órgão ainda pede manutenção da prisão preventiva de Sebastián Avellino Vargas
- Defesa do profissional tenta revogação da detenção, e Justiça precisa se pronunciar
Por Fabio Utz
O caso envolvendo suposto ato racista praticado pelo preparador físico do Universitario (Peru) em direção à torcida do Corinthians, após o jogo de ida do playoff da Copa Sul-Americana, ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (19). O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contra Sebastián Avellino Vargas.
Na imputação feita pelo órgão, são citadas imagens feitas diretamente das arquibancadas da Neo Química Arena, nas quais o profissional aparece, supostamente, imitando um macaco. O promotor Pedro Henrique Pavanelli Lima ainda pediu que Vargas seja mantido preso de forma preventiva durante o andamento do processo.
O clube, pouco antes, havia feito uma nova solicitação de revogação da detenção, tomando por base os antecedentes do uruguaio. Agora, cabe à Justiça decidir sobre os próximos passos de ação. O profissional foi enquadrado em dois crimes: praticar ou incitar a discriminação ou preconceito de cor, raça ou etnia, com agravante de ser em evento esportivo (pena de até cinco anos de prisão), e promover tumulto ou incitar a violência (pena de até dois anos de prisão), esse último com base na nova Lei Geral do Esporte.
Na terça-feira, o Corinthians garantiu vaga às oitavas de final do torneio continental. No duelo de volta contra os peruanos, em Lima, ganhou por 2 a 1.