Os destaques e decepções do jogo entre Itália e Alemanha pela Nations League
Por Bia Palumbo
Mais cartões amarelos (oito) do que finalizações certas (seis). Esses números ajudam a contar o que foi o duelo entre Itália e Alemanha, que marcou a estreia das equipes na Nations League 2022/23. O clássico cercado de expectativa realizado no Estádio Renato Dall'Ara, em Bologna, terminou 1 a 1, resultado considerado ruim para um grupo que possui três campeões mundiais (o outro é a Inglaterra).
Quem está rindo à toa é a Hungria, que venceu o English Team por 1 a 0, somou três pontos e portanto lidera o grupo 3 de forma isolada.
O equilíbrio se mostrou desde o início, tanto que foram poucas chances claras de gol e as redes só balançaram na reta final da partida, quando Pellegrini apareceu dentro da área para concluir um cruzamento aos 35 do segundo tempo. O técnico Roberto Mancini comemorou muito, mas a alegria durou apenas três minutos, visto que Hofmann fez boa jogada pela direita e jogou na área, Acerbi se atrapalhou ao tentar tirar e Kimmich pegou a sobra para estufar a rede.
As equipes voltam a campo na terça-feira (7), quando os italianos recebem húngaros e os alemães estreiam como mandantes no torneio contra os ingleses.
Os destaques
1. A renovação da Azzurra
Sem nomes como Spinazzola, Chiesa, Insigne e outros destaques do título da Eurocopa, Mancini observou talentos e usou as cinco substituições que tinha direito. Um dos que mais apareceu foi Gnonto. Estreante com a camisa da seleção principal, o atacante de 18 anos que atua no FC Zürich jogou apenas 25 minutos, tempo suficiente para incomodar a defesa germânica e dar assistência na abertura do placar.
2. Hofmann
O meio-campista do Borussia Mönchengladbach deu mais poder de fogo à seleção alemã, que teve mais volume, porém encontrava dificuldades para agredir o rival, e depois que ele entrou isso mudou, tanto que ele teve participação direta no empate ao cruzar a bola que resultou no chute certeiro de Kimmich.
As decepções
3. Falta de pontaria
Apenas uma finalização certa no primeiro tempo, da Alemanha, além de uma bola na trave de Scamacca. Os técnicos bem que tentaram, tanto que seis atacantes ao todo participaram da partida (os italianos Cancellieri, Gnonto, Politano e Scamacca e os alemães Havertz, Werner), porém nenhum deles balançou as redes. Uma noite infeliz para Timo Werner, que atuou os 90 minutos, não finalizou nenhuma vez e quase atrapalha a equipe na hora do gol - a bola bateu no braço dele antes de chegar em Kimmich, mas a equipe do VAR analisou que foi um toque acidental e mandou seguir.
4. Truncado
Pouca criatividade e muito bate-boca. E o árbitro sérvio Srdjan Jovanović teve bastante trabalho, tanto que foram 29 faltas, algo incomum para o futebol europeu, e oito cartões amarelos, tanto por disputas de bola quanto por reclamação.