Nem Roger salvou! Inter só empata com o Rosario e está fora da Copa Sul-Americana
- Placar de 1 a 1 não levou o Colorado à fase de oitavas de final
- Alan Patrick marcou o gol vermelho, mas faltou muito futebol
Por Fabio Utz
A Copa Sul-Americana era apontada como a grande esperança de título do Internacional para a sequência da temporada de 2024. Mas a esperança ficou pelo caminho ainda no playoff classificatório às oitavas de final. No primeiro jogo de Roger Machado no Beira-Rio, o empate em 1 a 1 com o Rosario Central-ARG, nesta terça-feira, tirou o Colorado da disputa.
A consequência disso? Que um dos elenco mais caros do país, mais uma vez, decepcionou o seu torcedor. E mais: que o Rosario segue como uma pedra no sapato de Roger, afinal, também o tirou de uma competição internacional no caso, a Libertadores, quando comandava o Grêmio, em 2016. E curiosidade: na Sula, jamais o clube do técnico Miguel Ángel Russo havia eliminado um brasileiro.
O jogo
O Inter tentou ser agressivo? Tentou. O Inter tentou ser ofensivo? Tentou. Mas entre tentar e conseguir fazer este volume surtir efeito vai uma grande diferença. O primeiro tempo vermelho pode ser resumido a uma tentativa de puxeta de Rafael Borré logo no início. E mais nada.
Alguém pode perguntar: e o Rosario, o que fez? Bem, o Rosario não precisava fazer, já que chegou ao Beira-Rio com a vantagem do empate. Mas fez. Aos 20 minutos, quando estava com um jogador a menos em campo (Copetti recebia atendimento médico), se aproveitou de uma bobeira da defesa gaúcha. Ninguém afastou por completo uma bola, que sobrou para Mallo realizar a parede e Sández chutar para colocar os visitantes em vantagem.
A partir disso, a confiança rubra, que já não era tanta assim, foi para o ralo. Nem as principais estrelas do time – Alan Patrick, Borré e Enner Valencia – tiveram competência para tirar a equipe do lugar comum. E olha que o Colorado só não foi para o intervalo com uma desvantagem ainda maior porque Marco Ruben, após falha bisonha de Rochet, acertou um cabeceio na trave.
Quando a etapa final começou, as esperanças locais se renovaram no ritmo de um ligado Bernabei, novidade de Roger Machado. Isso em função do chorado gol de empate logo aos 4 minutos. Em levantamento de Wesley, Valencia cabeceou para defesa de Broun. No rebote, Alan Patrick completou, também de cabeça, e a bola ainda bateu na trave antes de entrar.
Claro, a igualdade garantiu um gás ao Inter. Porém, este gás não significou sincronismo de ações e organização para tirar a estabilidade do Rosario. Se sobrou pulmão, faltou sabedoria para criar espaços. Em determinado momento, ficou para os meninos - Gustavo Prado e Gabriel Carvalho - a tarefa de, ao lado das referências coloradas, tentar algo diferente. Mas não deu.