Novo presidente do Santos, Andrés Rueda define as duas prioridades de sua gestão
Por Nathália Almeida
Eleito com grande vantagem em relação ao segundo colocado em pleito presidencial realizado no último sábado (12), Andrés Rueda será o novo presidente do Santos pelo próximo triênio, de 2021 à 2023. Ele assumirá o comando do Alvinegro no lugar de Orlando Rollo a partir do dia 1º de janeiro, e tem prioridades bem definidas que nortearão a sua gestão no clube.
Em entrevista concedida ao Lance! no último dia 3 de dezembro - durante uma série de sabatinas realizadas pelo portal com todos os candidatos à eleição alvinegra -, Rueda revelou o que o Peixe precisa com mais urgência, pensando em sua sobrevivência esportiva e financeira a médio/longo prazo: equacionamento do orçamento e renegociação de dívidas.
"O clube está nessa situação por total irresponsabilidade. O pessoal não trabalhou com orçamento, com fluxo de caixa, com uma visão de médio e longo prazo. Isso não funciona, a solução pra isso é simples, não tem muito mistério. A primeira coisa é equacionar a despesa ordinária. Você não pode gastar mais do que recebe. E a dívida, que falavam em 600 milhões, hoje já fala em 700, nos custa por ano, em juros e multa, mais de 50 milhões de reais. Isso não tem cabimento. Não podemos gastar mais do que arrecadamos. Essa é a primeira coisa. A segunda, é que não tem como, a dívida está ai, ela precisa ser negociada. Precisamos alongar o prazo, abaixar juros e passar credibilidade pros credores", afirmou.
Perguntado sobre como manter a equipe competitiva em meio a medidas de austeridade financeira, Rueda afirmou sem possível encontrar o equilíbrio entre ambos: "O fato de apertar o cinto não significa que não podemos ser campeões. O Santos sempre tem que entrar em um campeonato pra ser campeão. Precisaremos investir muito na base e estudar muito as contratações. As contratações pontuais precisam ser muito estudadas. Não podemos mais errar", concluiu.