O 7 x 1 e os fracassos recentes do Brasil na Copa do Mundo; Tem solução?
Por Guilherme Lopes
A seleção brasileira ainda segue sendo a maior campeã mundial, todavia, ao longo dos anos vem perdendo a sua grande hegemonia, e principalmente o respeito que tinha das demais seleções. Somando isso ainda temos os brasileiros cava vez mais perdendo o gosto em assistir o Brasil.
Desde 2006 a seleção acumula fracassos nas Copas, a de 2014 certamente foi a mais humilhante, não só pelo 7x1, mas também pelo evento ser realizado no país, muitos cravavam o “hexa” como certo. Mas como se deu todos esses fracassos, como o Brasil deixou de ser protagonista, para se tornar um coadjuvante? Existe alguma solução? Nesse texto destrinchamos alguns pontos sobre isso.
TREINADORES
Desde a conquista de 2002, o Brasil contou com cinco treinadores diferentes, sendo o primeiro, um campeão mundial, Carlos Alberto Parreira, mesmo sendo considerado um bom treinador, não conseguiu levar aquele time cheio de estrelas ao titulo.
Se analisarmos os últimos quatro, apenas Tite não seria questionável, pelas conquistas que teve no Corinthians, e sendo de fato, o principal treinador do futebol brasileiro na época. Dunga comandou a seleção por duas vezes, mesmo sem ter nenhuma experiência como treinador ganhou logo o “premio máximo”, assumir o Brasil, mas a conta logo apareceu com duas passagens horrendas no comando técnico.
CONVOCAÇÕES
Com certeza, o principal problema do Brasil nas últimas copas, com diversas convocações questionáveis ao longo dos torneios, nomes como Doni (2010), Nilmar (2010), Kleberson (2010), Henrique (2014), Jô (2014), Dante (2014), Julio Cesar (2014), Paulinho (2018), Taison (2018), e diversos outros jogadores questionáveis.
Poderiamos destrinchar cada convocação errada do Brasil, mas seria preciso pelo menos três artigos, citamos alguns nomes para efeito de comparação:
1. Grafite – (2010)
Fez um bom ano na Alemanha, mas acabou sendo convocado no lugar de Adriano Imperador, talvez o principal atacante do país, e que vinha de um grande ano pelo Flamengo. O próprio Grafite diz não entender muito bem a sua convocação.
2. Henrique – (2014)
O jogador era apenas a quarta opção defensiva no Napoli, e foi convocado por ser homem de confiança de Felipão. No mesmo ano, tínhamos Miranda voando no Atlético de Madrid, sendo um dos principais zagueiros do mundo, o atleta sequer ficou na lista de convocados.
7x1 E EGO INFLADO BRASILEIRO
Cada Copa do Mundo que o Brasil disputa, a imprensa, grandes anunciantes, torcedores, dão como certo o famoso “hexa”, ignorando a realidade da nossa seleção nos tempos atuais. Talvez em 2006, com aquela grande seleção era explicável a crença dos brasileiros na conquista, e mesmo assim não vencemos.
Se analisarmos as ultimas três copas vamos entender o quão fraco tecnicamente foram àquelas seleções, principalmente a de 2014, que foi realizado em solo brasileiro a decepção foi maior. Começamos pelo goleiro, Júlio Cesar era reserva no pequeno Queens Park Rangers, e se transferiu para o Toronto FC do Canadá, mesmo assim foi titular. Goleiros como Fábio, Cássio, nem foram levados para aquela Copa. O ataque brasileiro na semifinal contra a Alemanha? Bernard, Hulk e Fred. Eram bons jogadores, mas não o suficiente pra furar aquela defesa alemã.
EXISTE SOLUÇÃO?
Se é que existe... Os treinadores, auxiliares, analistas da Seleção, precisam observar o futebol de outra forma, não por empresários, ou por confiança em um jogador que já trabalho em seu antigo clube. Quem deve ser levado, principalmente em uma Copa do Mundo, são aqueles que estão desempenhando um bom futebol no momento, e esses também devem ser testados. A gente sabe que existe uma escassez de talentos, sobrando à responsabilidade quase total para o nosso craque, Neymar, com isso nosso trabalho de base, também deve ser revisto, só assim desfrutaremos de grandes joias, e não apenas promessas.
Quanto aos torcedores, imprensa e afins, está na hora de “descer do salto” e admitir a evolução das demais seleções, como a própria Bélgica, que eliminou o Brasil, por ter um padrão tático definido e um plantel superior. O ponto não é deixar de torcer e acreditar na seleção, mas sim, admitir a realidade, além de não cometer vexames como aquele na Copa do Mundo de 2014, quando os torcedores brasileiros vaiaram os chilenos cantando seu hino nacional.