O Grêmio já chegou ao fundo do poço ou o amadorismo irá continuar?
Por Fabio Utz
O Grêmio vai ser rebaixado? Possivelmente, sim. Mas Fábio, e se não for? Minha opinião sobre o momento do clube não muda em absolutamente nada. O Tricolor, em seus gabinetes, deixou de ser exemplo de gestão para se tornar amador.
E explico o porquê dessa minha conclusão - aliás, como gremista, me machuca ter que dizer isso. O Tricolor está tão fragilizado que, agora, é preciso dois dirigentes estarem lado a lado para falar a cada final de partida. E mais: sem dizer aquilo que a torcida deseja ouvir. Não, presidente Romildo Bolzan Júnior. Não, vice de futebol Dênis Abrahão. Os gremistas, aqueles que olham para 2021 com a cabeça e não apenas com o coração, não querem ouvir sobre arbitragem, não querem ouvir sobre os 'tais' processos supracitados pelas cabeças pensantes da instituição.
Todos desejam saber as causas do fracasso retumbante na temporada e não se conformam com explicações tipo 'o surto de Covid-19' nos atrapalhou', 'estamos passando por uma transição'. Tudo isso pode ser verdade - e até acho que é. Mas qual foi o clube que não ficou menos poderoso com casos de coronavírus no plantel? Ou qual foi o clube minimamente organizado e que toma atitudes com convicção que precisou lutar contra o rebaixamento ao passar por um período de entressafra?
Se são estes os ditos e propagados diagnósticos, ficam claramente explicadas as razões de uma provável queda para a Série B. E desde já fica o aviso: se não cair e o pensamento continuar o mesmo, a luta será a mesma em 2022. Dá pena de ver uma centenária instituição definhando em suas estruturas e seus nomes proeminentes tendo que se agarrar um ao outro para, sem constrangimento algum, ir aos microfones buscar explicações no além.
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