O Grêmio não quis ganhar do Palmeiras: vaga na Libertadores, com time e técnico prostrados, só contenta "puxa-saco"
Por Fabio Utz
"O Grêmio não quis ganhar do Palmeiras." A frase não é do Renato Portaluppi, do Paulo Luz, do Romildo Bolzan ou de qualquer jogador. Essa afirmação é minha. O jogo desta sexta-feira, no Allianz Parque, foi a representação inequívoca da postura do Tricolor, em todas as suas instâncias, ao longo do Campeonato Brasileiro.
Desde agosto, quando a bola rolou para o Nacional, o clube jamais se interessou pela competição - é só lembrar que, sob a justificativa de uma viagem longa para Fortaleza, poupou seus titulares já na segunda rodada. Frente ao Verdão, depois de uma semana sem entrar em campo, os atletas, literalmente, caminharam ao longo de todo o primeiro tempo. O que se viu foi um verdadeiro massacre em 45 minutos, com o treinador postado à beira do gramado praticamente calado, sem orientar o time e, como ele mesmo disse em sua entrevista coletiva, esperando o intervalo para ajeitar o que estava de errado.
Então eu me pergunto: por qual razão esperar o intervalo? Pelo jeito, atuar de forma não mais que razoável ao longo de uma etapa de uma partida está contentando a todos. E é justamente esse pensamento que me leva a ter a convicção de que, há muito tempo, o Grêmio leva o Brasileirão "do jeito que dá", sem ambição alguma, sem a pressão por vitória, sem o "tesão" de ir para cima dos adversários e mostrar o futebol que, outrora, já mostrou.
"Poxa, Fábio, empate em 1 a 1 contra o Palmeiras fora de casa é ruim?", alguém há de me perguntar. Para quem diz que quer ser campeão, nessas alturas da competição, é sim. Não apenas por avançar apenas um ponto, mais muito mais pelo espírito de mobilização do contexto tricolor. Não tenho a menor dúvida em dizer que, para todos na Arena, a vaga na Libertadores fica de bom tamanho. Mas, para a torcida, é pouco. Muito pouco.
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