O que as últimas cinco eliminações da seleção brasileira em Copas do Mundo têm em comum, afora o rival europeu
Por Fabio Utz
As últimas cinco eliminações do Brasil em Copas do Mundo têm algo em comum. E não estamos falando do fato de sempre um rival europeu ter acabado com o sonho do hexa. De 2006 para cá, sempre as quedas da seleção passam por uma séria dificuldade em frear o ímpeto do jogador que é considerado o cérebro das equipes adversárias.
Na Copa da Alemanha, a primeira depois da conquista do pentacampeonato, a seleção cruzou com a França nas quartas de final. Foi de Henry o gol da vitória por 1 a 0, mas quem desfilou talento e atucanou o sistema de marcação do time foi nada menos que Zinedine Zidane. Sim, ele não foi parado, e a equipe canarinho afundou.
Quatro anos se passaram até o Mundial da África do Sul, em 2010. Também nas quartas de final, o enfrentamento foi com a Holanda. Todos sabem que Felipe Melo e Julio César comprometeram, mas ninguém conseguiu parar Wesley Sneijder - os gols da vitória de virada por 2 a 1 saíram a partir do seu talento. Aí veio 2014, e a lição não foi aprendida. O fatídico 7 a 1 diante da Alemanha, em pleno Mineirão, contou com uma série de equívocos. Mas, naquela semifinal, ninguém brilhou mais que o meia Tony Kroos, autor de dois gols e 'senhor' da partida.
Na Copa da Rússia, em 2018, Tite já estava à frente da seleção, que foi até as quartas de final. Dessa vez, foi Kevin De Bruyne que passou 90 minutos mostrando toda a sua capacidade de armar jogadas e, claro, balançar a rede: 2 a 1 para a Bélgica, e o craque foi o melhor em campo. Por fim, chegou 2022 e o torneio no Catar. E a chance de ficar entre os quatro melhores do torneio e seguir sonhando com o hexa foi por água abaixo. Está certo que a Croácia eliminou o Brasil somente nos pênaltis, mas o que Modric jogou tanto no tempo normal (0 a 0) quanto na prorrogação (1 a 1) foi algo fora do comum.
São coincidências, mas não simples coincidências. Concorda?