O que mudou no Athletico-PR desde sua estreia na Libertadores 2022?

Pouco mais de seis meses atrás, o Furacão, até então comandado por Alberto Valentim, estreava na Conmebol Libertadores
Pouco mais de seis meses atrás, o Furacão, até então comandado por Alberto Valentim, estreava na Conmebol Libertadores / Ricardo Moreira/GettyImages
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Quem viu o Athletico Paranaense de Felipão derrubar o Palmeiras de Abel Ferreira na semifinal da Conmebol Libertadores pode não imaginar que o Furacão passou muito perto de sequer se classificar ao mata-mata. Muita coisa mudou na Arena da Baixada desde o início do ano, inclusive no âmbito do elenco.

Na estreia dos paranaenses no principal torneio sul-americano da temporada, o comandante era Alberto Valentim. Na ocasião, o Athletico-PR empatou sem gols com o Caracas, na Venezuela. A insatisfação com o treinador chegou ao ápice na derrota sofrida para o São Paulo, pelo expressivo placar de 4 a 0, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

Alberto Valentim, antigo técnico do Athletico-PR
Campeão da Sul-Americana em 2021, Valentim não conseguiu repetir o mesmo sucesso na Libertadores / Alexandre Schneider/GettyImages

Findada a passagem de Valentim, Fábio Carille foi anunciado em abril. Ele durou apenas 21 dias no comando do time. Em sete partidas, quatro derrotas. Na Libertadores, o ex-Corinthians e Santos venceu uma e perdeu duas. Aliás, foi o segundo revés que resultou na demissão do treinador. Em La Paz, na Bolívia, o The Strongest recebeu o Furacão e aplicou um sonoro 5 a 0.

Em apuros no Brasileirão e na competição da Conmebol, Petraglia, presidente do Athletico, recorreu ao experiente Luiz Felipe Scolari, anunciado oficialmente em maio. Restavam duas rodadas para o encerramento da fase de grupos do campeonato. Com duas vitórias - 2 a 0 sobre o Libertad e 5 a 1 diante do Caracas -, Felipão garantiu a sobrevida aos seus comandados. E o resto é história...

Fábio Carille, antigo técnico do Athletico-PR
Carille foi demitido depois de uma goleada sofrida na Libertadores / ALBARI ROSA/GettyImages

Campo e bola

Dentro das quatro linhas, as mudanças também foram múltiplas. Na estreia da Libertadores, Valentim mandou a campo a seguinte formação: Bento; Orejuela, Pedro Henrique, Lucas Halter e Abner Vinícius; Hugo Moura, Christian e Terans; Marcelo Cirino, Pablo e Cuello. Khellven, Rômulo, Marlos e Vitor Bueno entraram no segundo tempo.

No segundo confronto da semifinal, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, a escalação de Felipão foi a seguinte: Bento; Khellven, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Erick, Fernandinho e Alex Santana; Vitinho, Canobbio e Vitor Roque. Pedrinho, Pablo, David Terans, Rômulo e Matheus Fernandes entraram ao longo dos 90 minutos.

Luiz Felipe Scolari, treinador do Athletico-PR
Felipão mudou o rumo do Athletico-PR / Wagner Meier/GettyImages

Se você observar bem as escalações, verá que um jogador em específico sequer permaneceu no clube: o zagueiro Lucas Halter, atualmente no Goiás. Mas ele não é o único. Outros três atletas participaram da campanha do Furacão na Libertadores e deixaram o plantel por motivos diferentes. Tratam-se de Matheus Babi, Pedro Rocha e Pablo Siles. Falamos mais sobre isso aqui.

Mas como nem só de despedidas de constrói um mercado, os paranaenses receberam de braços abertos os meias Fernandinho, ex-Manchester City, e Alex Santada, ex-Ludogorets. No alto dos seus 37 anos, o ex-capitão dos Citizens não demorou muito para se tornar um pilar de Felipão. Será que a Glória Eterna vem aí?

Fernandinho, volante do Athletico-PR
Volante rapidamente tornou-se um pilar do time / Pedro Vilela/GettyImages