O que o Brasil e outras seleções sul-americanas podem tirar da Nations League?
Por Antonio Mota
A Seleção Brasileira e times da América do Sul e outros cantos do planeta puderam acompanhar nas últimas semanas os jogos da Nations League 2022/23. Nesta primeira quinzena de junho, diversos países da Europa entraram em campo pela segunda competição de seleções mais importante do continente e deram uma pequena demonstração do que poderão apresentar na Copa do Mundo, que será disputada daqui a pouco mais de cinco meses.
De longe e sem maiores preocupações, uma vez que já estão garantidos no Mundial, o Brasil e demais representantes da zona sul-americana tiveram uma grande oportunidade de observar os adversários com cautela, de avaliar possíveis pontos fracos e fortes e de elaborar caminhos para “levar a melhor” nos confrontos que terão (ou poderão ter) contra oponentes do Velho Continente no Catar.
A Seleção Brasileira, por exemplo, pôde monitorar a Suíça e a Sérvia em ação na Nations League. E o nível que encontrou não foi dos mais altos. Os suíços perderam três dos quatro jogos que disputaram no Grupo 2 da Liga A, enquanto os sérvios oscilaram no Grupo 4 da Liga B. Aliás, o Brasil tem tudo para tirar bom proveito dessas semanas de estudo e observação.
A Suíça não se deu nada bem nessas primeiras quatro rodadas da Nations. Inclusive, além da pouca efetividade ofensiva, sequer conseguiu mostrar a tradicional força defensiva. E mais, foi dominada pela Espanha (perdeu por 1 a 0), levou goleada de Portugal (4 a 0) e também perdeu para a República Tcheca (2 a 1). A equipe até venceu a Seleção de Quinas, que não contou com Cristiano Ronaldo, mas tomou pressão e pouco levou perigo ao adversário.
A Sérvia, por sua vez, até emplacou alguns bons resultados na Liga B da Liga das Nações, mas nada para colocar “medo” no Brasil. Na estreia, perdeu para a Noruega (1 a 0) e depois emplacou duas vitórias – contra Eslovênia (4 a 1) e Suécia (1 a 0) – e um empate. É uma seleção firme, mas com limitações, sobretudo ofensivas.
A Argentina, o Equador e o Uruguai, outros representantes da América do Sul garantidos na Copa do Mundo, também puderam acompanhar os seus adversários. Os argentinos enfrentarão a limitada Polônia no Mundial, enquanto os equatorianos e os uruguaios terão a Holanda e Portugal, respectivamente, pelo caminho no Catar. Melhor para a Lionel Messi, pior para Arboleda e Arrascaeta.