O XI ideal combinado da fase de grupos da Copa América Feminina
Por Nathália Almeida
Encerradas as cinco rodadas previstas na fase classificatória da Copa América Feminina, é chegada a hora do tão aguardado mata-mata em Cali, que prevê dois grandes confrontos de semifinais e um valioso duelo pelo quinto lugar, afinal de contas, quarto e quinto colocados do torneio disputarão a repescagem pela Copa do Mundo Feminina de 2023.
Mas antes de falarmos mais a fundo dos confrontos derradeiros e eliminatórios, vamos falar sobre quem se destacou na fase de grupos. A seguir, elencamos em formato de seleção, o XI ideal da primeira fase da Copa América Feminina:
1. Lorena (Brasil)
É bem verdade que a solidez do sistema defensivo brasileiro facilitou seu trabalho, mas Lorena foi a única goleira titular a não ser vazada na primeira fase do torneio. Passou ilesa nos 4 jogos disputados, com boas atuações.
2. Limpia Fretes (Paraguai)
O Paraguai sofreu sete gols em quatro jogos, uma média ruim para seu sistema defensivo. Contudo, a lateral-direita Limpia Fretes cumpriu muito bem o seu papel, com muita solidez na retarguarda e boa participação ofensiva, somando uma assistência.
3. Rafaelle (Brasil)
Segurança e tranquilidade ao jogar são as marcas registradas de Rafa, uma das melhores zagueiras do mundo na atualidade. Experiente e dominante - com a bola nos pés e no jogo aéreo -, sobrou diante de suas adversárias.
4. Agustina Barroso (Argentina)
Amplamente conhecida em solo brasileiro - veste a camisa do Palmeiras -, Agustina foi a referência do sistema defensivo albiceleste na primeira fase. É uma zagueira completa, que reúne inteligência, vigor físico e habilidade.
5. Manuela Vanegas (Colômbia)
A lateral-esquerda teve alguns destaques positivos nesta primeira fase, como Tamires (Brasil) e Stábile (Argentina). Vanegas, no entanto, chamou muita atenção pela qualidade no apoio, terminando a primeira fase com dois gols e no top-6 de jogadoras com mais arremates a gol.
6. Angelina (Brasil)
Herdeira da camisa 8 de Formiga, Angelina foi o "destaque silencioso" do meio-campo canarinho. Onipresente, brilhou na distribuição de passes e nos desarmes. É uma jogadora muito moderna e com um futuro brilhante pela frente.
7. Ramona Martínez (Paraguai)
Se o Paraguai está nas semifinais da Copa América Feminina, seu torcedor precisa muito agradecer o grande desempenho individual de Ramona Martínez. A meio-campista foi responsável diretamente por 4 dos 9 gols anotados pela Albirroja, com um tento e três assistências.
8. Leicy Santos (Colômbia)
Cerebral e habilidosa, a camisa 10 da Colômbia é uma fortíssima candidata ao prêmio de MVP do torneio, especialmente se sua seleção alcançar a grande decisão. A meio-campista do Atlético de Madrid terminou a primeira fase como líder em assistências (4), além de figurar entre as cinco primeiras em dribles e finalizações.
9. Debinha (Brasil)
Vivendo fase inspirada sob comando de Pia Sundhage, a camisa 9 nem precisou de tantos minutos em campo para brilhar. Titular em apenas dois dos quatro jogos da Seleção Brasileira, Debinha deu uma assistência e anotou quatro gols, sendo um deles, um verdadeiro golaço.
10. Adriana (Brasil)
Não poderíamos deixar de fora deste XI ideal a atual artilheira da edição, né? Fazendo uma competição impecável, a atacante do Corinthians vem mostrando faro de gols apurado, balançando as redes cinco vezes nesta primeira fase.
11. Yamila Rodríguez (Argentina)
Fechamos este onze ideal com mais uma atacante explosiva e letal. Ainda que Estefanía Banini e Bonsegundo sejam os nomes mais badalados do sistema ofensivo albiceleste, Yamila é quem vem brilhando, somando quatro gols e duas assistências. Olho nela nas semifinais!
12. Revelação: Linda Caicedo (Colômbia)
Antes mesmo da Copa América começar, apontamos Linda Caicedo como uma das jogadoras jovens a serem acompanhadas de perto neste torneio. Encerrada a fase de grupos, nossa projeção para a atacante de apenas 17 anos se confirmou: arrojada e talentosa, participou diretamente de três gols de sua equipe (um gol + duas assistências).