O XI ideal combinado entre o Flamengo de 1981 e o de 2019
Por Antonio Mota
O Flamengo vive uma data mais do que especial nesta terça-feira, 23 de novembro de 2021, e tudo por conta da Conmebol Libertadores. E não pela ansiedade decorrente da proximidade à decisão do próximo final de semana, contra o Palmeiras, no Estádio Centenário, no Uruguai, quando vai em busca do Tri, mas pela data marcar o dia em que o clube conquistou suas duas Libertadores.
Nesta data, há exatos 40 anos, em 1981, o Rubro-Negro superou o Cobreloa-CHI e conquistou a América de forma inédita. E, há dois anos, no mesmo dia, em 2019, o Mais Querido deixou o River Plate para trás e alcançou a Glória Eterna pela segunda vez. É história.
Com esse ganho, o 90min Brasil decidiu bolar uma ‘seleção combinada’ entre os lendários jogadores do Flamengo de 1981 e os novos ícones de 2019. Confira:
1. Raul – Flamengo de 1981
Diego Alves e Raul estão em uma prateleira ímpar na história do Flamengo. Multicampeões, líderes e muito qualificados, os dois goleiros participaram e foram fundamentais para o Fla em diversas oportunidades dentro e fora das quatro linhas. Diego, aliás, continua fazendo história no clube.
A briga pela meta desta seleção foi acirrada, mas o arqueiro de 1981 acabou levando a melhor contra o paredão de 2019. Bela disputa.
2. Leandro – Flamengo de 1981
Leandro foi um dos maiores laterais-direitos da história do Flamengo e do futebol brasileiro e não perderia sua vaga para Rafinha – ou para qualquer outro ala que tenha passado pelo Fla. Uma batalha sem disputa, mesmo reconhecendo que o ex-Bayern de Munique foi muito bem com o Manto Sagrado.
3. Rodrigo Caio – Flamengo de 2019
Marinho marcou época no Flamengo na década de 1980. Com boa técnica e agilidade, o defensor foi importante e viveu bons momentos no Fla. Contudo, Rodrigo Caio viveu um ano mágico em 2019 e não poderia ficar de fora desta equipe. É o único representante da nova geração a entrar na defesa desta seleção.
4. Mozer – Flamengo de 1981
Mozer é outro incontestável nesta seleção combinada entre os jogadores do Flamengo de 1981 e de 2019. Xerife, o zagueiro aliava técnica, força, velocidade, raça e qualidade como poucos e até hoje é um dos imortais do Mais Querido. Uma verdadeira lenda.
Pablo Marí não o desbancaria.
5. Júnior – Flamengo de 1981
Embora Filipe Luís seja um excepcional jogador e tenha uma linda história no esporte, Júnior foi de “outro patamar”. Ambidestro, polivalente e com qualidade de sobra para atacar e defender, o lateral-esquerdo conquistou tudo e mais um pouco pelo Flamengo e não à toa é um dos maiores da história do clube. Soberano na posição.
6. Andrade – Flamengo de 1981
Willian Arão é uma lenda viva do Flamengo e certamente vai ganhar mais reconhecimento após sair (ou se aposentar) do clube, mas Andrade é outro craque da geração 1981 que não ficaria de fora deste esquadrão. Com muita técnica, habilidade e visão de jogo, o volante foi peça-chave daquela equipe e sempre vai ter um local especial no clube rubro-negro.
7. Adílio – Flamengo de 1981
O Flamengo de 1981 passou muito pelos pés de Adílio. Ídolo da Nação, o meio-campista clássico era referência em campo e tinha muita técnica, qualidade no passe e capacidade para inventar. Um monstro sagrado do Mais Querido.
Gerson, o Coringa, foi muito bem no Fla, mas não o suficiente para desbancar um dos maiores nomes da história da equipe.
8. Giorgian de Arrascaeta – Flamengo de 2019
Arrascaeta é o grande maestro do Flamengo desde 2019, ano em que chegou ao clube do Rio de Janeiro. Refinado, técnico e moderno, o meio-campista é completo, preenche espaços, se movimenta muito, é criativo e ainda decide jogos. O uruguaio faz parte da história do clube e também merece uma vaga neste XI ideal.
Tita e cia também votaria no camisa 14.
9. Zico – Flamengo de 1981
Zico e mais dez. Simples assim. Maior jogador de todos os tempos do Flamengo, Arthur Antunes Coimbra, o Galinho, é um dos grandes nomes da história do futebol mundial e naturalmente tem sua vaga garantida neste time. O camisa 10 era craque, cobrador de falta, gênio, absoluto. É ídolo máximo.
10. Bruno Henrique – Flamengo de 2019
Bruno Henrique chegou ao Flamengo como uma incógnita em 2019, mas logo tratou de acabar com quaisquer dúvidas e de se firmar no clube. Com gols importantes, muita velocidade e força física, o elétrico atacante foi decisivo na final da Libertadores daquele ano e em várias outras conquistas na sequência. Ele leva a melhor contra Tita e Lico.
O camisa 27, aliás, já é um dos grandes nomes da equipe.
11. Gabigol – Flamengo de 2019
Se Zico é o rei, Gabigol é o príncipe do Flamengo. Homem-gol do Mais Querido há mais de duas temporadas, o camisa 9 foi decisivo na final da Libertadores de 2019, marcando os dois tentos da virada ante o River Plate, e já é uma das maiores figuras do time.
Goleador na década de 1980, Nunes é nome forte na história do Mais Querido, mas não poderia ficar com essa vaga.
Escalação do Fla 81: Raúl; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico.
Escalação do Fla 19: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís; William Arão; Gerson, Éverton Ribeiro, Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol.