O XI ideal dos jogadores que passaram pelo São Paulo durante a década de jejum

Titular do Real Madrid, Eder Militão é oriundo da base são-paulina
Titular do Real Madrid, Eder Militão é oriundo da base são-paulina / Alexandre Loureiro/GettyImages
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O São Paulo disputa a final da Copa Sul-Americana contra o Independiente Del Valle neste sábado (1º), voltando a competir em nível continental após 10 anos, quando sagrou-se campeão do torneio. Neste período centenas de jogadores passaram pelo clube e sequer conseguiram levantar uma taça - jejum que foi rompido em 2021 com a conquista do Campeonato Paulista.

Pensando nisso, o 90min relembra alguns nomes que defenderam o clube do Morumbi entre 2013 e 2020. A lista não considera atletas que já haviam conquistado algum título pelo clube e voltaram neste período, como os casos de Hernanes e Kaká, por exemplo, mas há outros jogadores que disputaram Copa do Mundo.

1. Jean

Jean, goleiro do São Paulo em 2018
Jean deu esperança à torcida quando contratado, porém saiu 'pela porta dos fundos' / Miguel Schincariol/GettyImages

A lacuna após a aposentadoria de Rogério Ceni deu o que falar. O clube apostou em soluções caseiras, mas nenhum deles se firmou, e também resolveu investir em quem estava se destacando nos rivais, como foi o caso do goleiro de 22 anos formado no Bahia. Contratado por cerca de R$ 10 milhões, ele acertou por cinco anos e tinha um histórico de batedor de faltas, assim como Ceni. Ele revezava com Sidão, que viveu altos e baixos no time, e terminou 2018 como titular, porém no ano seguinte perdeu espaço e depois durante as férias envolveu-se em um caso de violência doméstica - foi preso por agredir a esposa nos EUA e assim encerrou o ciclo dele no clube. Ele foi emprestado e depois vendido ao Cerro Porteño (Paraguai), onde está até hoje.

2. Eder Militão

"Me despeço com dever cumprido de vitória e liderança", declarou o defensor formado na base, que ficou no clube dos 13 aos 20 anos e, ao todo, foram 57 jogos (26 vitórias, 14 empates, 17 derrotas) e quatro gols. Na época foi escalado como lateral-direito e zagueiro. A versatilidade, inclusive, atraiu o técnico Tite, que deve levá-lo para o Catar. O primeiro destino dele na Europa foi o Porto (Portugal) e depois transferiu-se para o Real Madrid.

3. Lúcio

Lucio, zagueiro do São Paulo em 2013
Lúcio não deixou saudades na passagem pelo Morumbi / Ricardo Bufolin/GettyImages

Pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira em 2002, o zagueiro desembarcou no São Paulo já na reta final de carreira, vindo da Juventus (Itália) e com currículo multicampeão pela Europa após passagens vitoriosas e longevas por Bayern de Munique e Inter de Milão. A contratação badalada em janeiro de 2013 não rendeu o esperado. Ele entrou em campo 31 vezes, todas como titular, e no período foram 13 vitórias, cinco empates e 13 derrotas, sendo sete consecutivas. Basicamente um ano para esquecer, com três técnicos diferentes (Ney Franco, Paulo Autuori e Muricy Ramalho), sem vaga na Libertadores depois do modesto 9º lugar no Campeonato Brasileiro. E o experiente defensor 'abandonou o barco' no meio da temporada, em julho.

4. Lyanco

Formado em Cotia, se profissionalizou em 2015 e ficou até 2017, defendeu a Seleção Brasileira - e da Sérvia - nas categorias de base, mas nunca teve sequência no time, visto que treinadores preferiam apostar em jogadores mais experientes. Desde então está na Europa, ganhando espaço mesmo sem jogar nas equipes que brigam por títulos, como Torino e Southampton, sua atual equipe.

5. Álvaro Pereira

O camisa 6 da Seleção Uruguaia em duas Copas do Mundo defendeu o clube paulista apenas em 2014, quando o time comandado por Muricy Ramalho foi semifinalista da Copa Sul-Americana e vice-campeão brasileiro, saiu após 45 jogos (e um gol) e deixou aquela sensação de que poderia ter ficado mais um pouco, além de cumprir o papel como lateral-esquerdo, ganhou pontos com os torcedores pela entrega e dedicação. Na época revezava com Reinaldo, que até hoje é um dos líderes do elenco.

6. Thiago Mendes

Thiago Mendes, meio-campista do São Paulo
Thiago Mendes virou xodó da torcida tricolor / Ricardo Nogueira/GettyImages

Contratado após se destacar no Goiás, ele fez 147 partidas pelo São Paulo, com 12 gols e deu 11 assistências. Polivalente, atuou tanto como ala quanto no meio de campo e nas pontas. Desde então ele atua na França - primeiro foi para o Lille, onde foi campeão da Ligue 1, e depois se transferiu para o Lyon.

7. Petros

Petros, meio-campista do São Paulo
Petros está na Arábia Saudita há cinco temporadas / Miguel Schincariol/GettyImages

Meio-campista que antes tinha atuado no Corinthians fez a torcida praticamente esquecer do passado no rival. No total ficou entre junho de 2017 e junho de 2018, saindo após 52 jogos (20 vitórias, 16 empates, 16 derrotas e um gol marcado, justamente no clássico Majestoso) e duas assistências. Os números não impressionam, mas a postura dentro de campo e a personalidade o tornaram uma das principais peças do time que lutou contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro em 2017, tanto que manteve o carinho de torcedores mesmo após a despedida.

8. Michel Bastos

Michel Bastos, jogador do São Paulo em 2016
Michel Bastos defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010, convocado pelo então técnico Dunga / Friedemann Vogel/GettyImages

Com vasta experiência no futebol europeu, o jogador que atuava tanto na lateral-esquerda quanto no meio de campo chegou com status de estrela e um dos maiores salários do elenco após jogar em clubes como Lille, Schalke 04 e Roma. Ele usou a camisa são-paulina por três temporadas, porém jamais conseguiu ser 'o cara' do time, frustrando torcedores, que o criticavam cada vez mais, até que ele rescindiu contrato e assinou com o rival Palmeiras, o que irritou ainda mais os são-paulinos.

9. Antony

"Eu creio que não é um fim, é um até logo. O São Paulo é o meu lugar", declarou o atacante identificado com o clube desde a infância, como torcedor, foi promovido ao profissional após ser campeão da Copinha e deixou o clube em junho de 2020, em meio à pandemia da Covid-19, então não teve um jogo de despedida. A solução encontrada pelo clube foi criar uma série para lembrar os melhores momentos dele, inclusive os seis gols em 51 jogos como profissional. Negociado com o Ajax (Holanda), foi vendido por cerca de 16 milhões de euros, e neste ano o Tricolor lucrou ainda mais quando ele trocou Amsterdam pela Inglaterra para servir o Manchester United.

10. Alexandre Pato

Ao todo foram duas passagens do atacante que viveu uma das melhores fases da carreira no Morumbi, quando marcou 26 gols em 59 jogos, e se despediu com 47 gols em 133 jogos, mas o atacante revelado no Inter jamais conseguiu ter a foto dele em um pôster na galeria de troféus são-paulinos.

11. Lucas Pratto

Tricolor vendeu o centroavante argentino para o River Plate por R$ 44,4 milhões (cotação na época), após 14 gols em 48 jogos. Atualmente ele defende o Vélez Sarsfield. Antes disso ele tinha jogado no Atlético-MG.


Se considerarmos os técnicos, o exemplo atual se encaixa neste perfil, visto que a estreia de Rogério Ceni na função foi justamente no clube onde ele é ídolo, porém na primeira passagem o ambiente na diretoria era conturbado e alguns reforços também não encaixaram... Depois disso ele foi multicampeão pelo Fortaleza e também comandou o Flamengo na campanha do Brasileirão de 2020.