Onde o Fortaleza errou ao ser derrotado pelo Ceará
Por Daniel Farias
O Fortaleza deu adeus ao sonho do bicampeonato da Copa do Nordeste. Na noite da última terça-feira, 28, a equipe foi derrotada pelo Ceará, seu maior rival, pelo placar de 1x0. Com isso, a equipe tricolor está eliminada da competição regional e agora volta suas atenções para o Campeonato Cearense, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. A equipe comandada por Rogério Ceni, que antes da partida era tida como levemente favorita, não jogou bem e praticamente não criou chances de gol. Dessa forma, é importante analisar onde o Fortaleza errou ao ser derrotado pelo Ceará.
FALTA DE VONTADE
Uma das principais características que o Fortaleza vem carregando consigo nos últimos tempos é a vontade e a disposição em propor o jogo e criar muitas chances de gol. Na partida de ontem, entretanto, essa passou longe de ser a real postura da equipe. Rogério Ceni escalou a equipe com algumas mudanças relevantes. Romarinho e Wellington Paulista, dois dos principais destaques da equipe, iniciaram o Clássico-Rei no banco de reservas. Para seus respectivos lugares, o treinador escalou Marlon e Mariano Vázquez. A justificativa dada por Rogério para inicar o jogo sem Romarinho e Wellington foi a de que acreditava que o jogo seria decidido nos momentos finais e que, portanto, poderia utilizar as duas peças descansadas. O que se viu na prática foi um Fortaleza apático. A equipe pouco produziu e parecia não dar a devida importância ao confronto. O castigo veio ainda na primeira etapa, quando Klaus abriu o placar para a equipe rival.
SETOR DE ATAQUE POUCO EFICIENTE
O setor de ataque do Fortaleza, antes tão elogiado, teve um desempenho muito abaixo do normal no Clássico-Rei decisivo. Rogério Ceni escalou quatro atletas para jogar de maneira mais avançada: Marlon, Osvaldo, Mariano Vázquez e David. Ou seja, percebe-se a ausência de um centroavante, um homem de referência. O treinador apostou na velocidade e na habilidade de seus atletas de ataque para tentar surpreender a defesa do Ceará. Entretanto, os quatro atletas de ataque pouco produziram. A única chance real de gol aconteceu no segundo tempo, quando Yuri César, que entrou no decorrer da partida, acertou a trave em um belo chute. Fora isso, Fernando Prass, goleiro do Ceará, pouco foi exigido. No decorrer da partida também entraram na equipe o lateral-direito Tinga e os atacantes Wellington Paulista, Edson Cariús e Romarinho. As alterações não resultaram em grandes mudanças de postura.
Essa foi a segunda partida consecutiva em que o Fortaleza não foi bem. Apesar da classificação contra o Sport, a equipe foi mal na partida e por pouco não acabou eliminada ainda nas quartas de final. Apesar do excelente entrosamento entre os jogadores, a equipe não tem mostrado disposição e garra para vencer.