Operação Penalidade Máxima: escândalo de apostas vai parar o Brasileirão 2023? O que sabemos até agora
Por Matheus Nunes
O futebol brasileiro vive um dos seus maiores escândalos dos últimos anos. Liderada pelo Ministério Público de Goiás, a Operação Penalidade Máxima vem investigando diversos casos de manipulações de resultados. Deflagrada em fevereiro deste ano, a operação agora chegou à Série A do Campeonato Brasileiro.
Oito partidas do Brasileirão de 2022 estão sendo investigadas pelo Ministério Público. Atletas conhecidos, como Eduardo Bauermann (Santos), Vitor Mendes (Fluminense), Richard (Cruzeiro) e Nino Paraíba (América-MG) são alguns dos acusados. A maioria deles foram afastados pelos seus clubes.
O futuro das investigações ainda é incerto, mas elas seguem em curso e não têm prazo para terminar. Em entrevista ao UOL, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, descartou a paralisação do Campeonato Brasileiro.
"Não temos como suspender a competição. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder polícia e Justiça."
- Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF
Operação Penalidade Máxima vai paralisar o Brasileirão 2023?
Em entrevistas concedidas nesta quarta-feira, 10 de maio, tanto o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, quanto o Procurador Geral do STJD, Ronaldo Placente, descartaram qualquer possibilidade de paralisação do Campeonato Brasileiro de 2023 em virtude da investigação.
"Nenhuma possibilidade de paralisar o campeonato. Não tem clube envolvido. Não houve prova até agora de influência direta no resultado de partidas", afirmou Ronaldo.
Como aconteciam as manipulações?
Jogadores eram aliciados por apostadores para realizarem algumas ações nas partidas, como receber cartões, cometer pênalti e sofrer gols. Em caso de cumprimento do acordo, o atleta faturava uma quantia em dinheiro.