Opinião: 5 jogadores que merecem espaço em Paraguai x Brasil

A Seleção Brasileira cumpriu seu papel ao vencer o Equador por 1 a 0 no Couto Pereira na última sexta-feira (6). O jogo parecia promissor devido à boa movimentação, mas a dinâmica mudou após o intervalo. Apesar de se contentar com a vitória magra, a equipe encerrou um jejum incômodo e subiu duas posições na tabela de classificação, agora ocupando o quarto lugar.

No entanto, o pragmatismo de Dorival Júnior pode ser incômodo. Embora o treinador tenha bons nomes para testar, ele às vezes demora a tomar decisões. Um exemplo foi a partida contra o Uruguai nas quartas de final da Copa América, quando a seleção jogou com um jogador a mais. Em vez de aproveitar a vantagem para buscar gols, ele optou por trocas na mesma posição, sendo cauteloso em vez de tentar ampliar o placar.

O Brasil possui uma carência de ter um jogador para armar o time. O famoso “camisa 10”. Temos alguns nomes do futebol brasileiro, mas não foram chamados para a atual Data Fifa. Agora, o foco será contra o Paraguai, em jogo válido pela oitava rodada das Eliminatórias, nos Defensores del Chaco, em Assunção. A expectativa para esse confronto é distinta, mas é bem provável que seja um pouco do segundo tempo. 

Não seria nenhuma loucura fazer mudanças na escalação inicial, especialmente se isso beneficiar a jogabilidade. Embora o espetáculo esteja longe das atuações habituais da Seleção, algumas substituições podem ajudar, principalmente na verticalidade do jogo.

A primeira delas seria na lateral direita. Danilo não é mais um jogador da posição, ele acabou virando um zagueiro, tanto que é assim que joga em seu clube, na Juventus. Mesmo sendo o principal nome, ele não consegue contribuir de forma eficaz para o ataque, mas auxilia no sistema defensivo. Com isso, William, do Cruzeiro, que vem de grande temporada, merece uma chance. 

O camisa 2 do Cabuloso pode fazer toda a diferença, ele consegue manter um equilíbrio na marcação, mas também na construção das jogadas ofensivas pelo setor, trabalhando com o ponta. Rodrygo poderia fazer uma boa dupla como William. No entanto, o atual camisa 10 acaba jogando de forma improvisada, sendo que sua melhor atuação é caindo pelos lados do campo. Assim, abre vaga para Estêvão ganhar mais minutos. Outra mudança que seria interessante, pois o jovem podendo aparecer mais, trocando tabelas com o lateral, que busca um jogo mais vertical.

Mudanças simples que poderiam dar outra dinâmica às atuações do Brasil. Assim como a entrada de um jogador que saiba atuar como centroavante, com isso, Rodrygo deixaria de atuar como falso 9. Mesmo com a lesão de Pedro, Dorival poderia testar dois nomes diferentes: João Pedro e Endrick. 

Ambos sabem jogar de fato como centroavante, além de terem mobilidade. João Pedro vem sendo algoz dos gigantes do Big Six, fazendo grandes jogos pelo Brighton, evitando a derrota do seu clube para Manchester United e Arsenal. Já Endrick estava sendo cotado para começar entre os titulares, mas o comandante da Canarinho pede paciência com o jovem. Curiosamente, até o momento, quatro dos nomes citados são jovens.

Uma pergunta interessante seria: por qual motivo não podemos testá-los, sendo que outras seleções, como a Espanha, colocam jogadores jovens em campo? Lamine Yamal e Nico Williams foram os grandes nomes da atual campeã europeia. Também temos exemplos da Inglaterra. Neste caso, falta um pouco mais de ousadia de Dorival Júnior.

Não só para colocar jovens, mas também para ver quando alguns dos jogadores titulares não estão rendendo. Um último nome que vale olhar com uma certa atenção, entre os convocados desta Data Fifa, é Gerson. Bruno Guimarães demonstra uma certa dificuldade quando precisa dominar a bola e girar. Já Lucas Paquetá vem demorando para se encontrar no jogo. O que abre caminho para o volante do Flamengo, ter uma oportunidade.

A maior Seleção do mundo — sim, por enquanto ainda somos — tem nomes interessantes que podem fazer a diferença, seja na escalação inicial ou durante o jogo. No entanto, os jogadores precisam de mais minutos em campo, e não apenas perto do apito final. Além disso, é necessário adotar uma abordagem menos pragmática para, quem sabe, apresentar boas atuações ao longo dos 90 minutos.

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