Os 10 maiores ídolos do Flamengo depois de Zico, por Carter 'essediafoilouco'
Por Carter Batista
Um ídolo não é construído, ele é forjado com identificação, conquistas (títulos), gols, sacrifício e - muitas vezes algum deboche. Os rivais que chorem.
No Flamengo, Zico ocupa uma posição que está acima de qualquer questionamento, até para quem não viu o Galinho jogar. Foram mais de 800 gols e todos os títulos possíveis conquistados pelo clube.
Nesta lista, não nos propomos a elencar os 10 maiores ídolos rubro-negros abaixo do Zico na escala hierárquica (essa lista existe, mas é diferente). Não. Nossa proposta aqui é escolher os 10 maiores ídolos do Flamengo depois da despedida do Zico que ocorreu em 2 de dezembro de 1989, num 5 a 0 contra o Fluminense em Juiz de Fora.
Sem mais delongas vamos à lista, respeitando sempre os critérios expostos no primeiro parágrafo:
1. Júnior
Leovegildo Lins da Gama Júnior, o Leveja, o Maestro, o Capacete pertenceu à Geração de Ouro do Flamengo que ganhou tudo ao lado de Zico, mas ao voltar ao Brasil em 1988, cumprindo um desejo do filho Rodrigo que ainda não tinha visto o pai defender o Flamengo e ser campeão no Maracanã, produziu um dos finais de carreira mais brilhantes do futebol brasileiro. O vovô garoto, como era chamado então, liderou uma talentosíssima geração de garotos (entre eles Junior Baiano, Paulo Nunes, Marcelinho e Djalminha) e conquistou a Copa do Brasil em 1990, o Carioca em 1991 e o Campeonato Brasileiro de 1992, competição em que foi eleito o Melhor jogador e que foi o artilheiro do Flamengo, marcando gols decisivos, inclusive um em cada jogo da grande final contra o Botafogo.
Foto: Juha Tamminen
2. Gabigol
Gabriel Barbosa Almeida nasceu para jogar no Flamengo. O jogador está em sua terceira temporada no clube e possui números impactantes. Conquistou a Libertadores em 2019, dois Brasileiros e três Cariocas pelo clube, além de uma Recopa Sul-Americana e duas Supercopas do Brasil. Artilheiro do Flamengo no Século XXI, segundo maior goleador do clube no Brasileirão, ficando atrás apenas de Zico, a quem superou na artilharia do Flamengo da Libertadores. Gabigol tem uma longo histórico de gols e provocações sobre os rivais e foi autor dos dois gols históricos da virada do Flamengo em Lima no dia 23/11/2019
3. Petković
Dejan Petković, o Rambo, como era conhecido na Sérvia, ou simplesmente o Pet. É o Pet, é o Pet, é o Pet, é o Pet, é o Rei do Gol Olímpico, o goleiro nem se mexe ♫ Sua primeira passagem no clube foi coroado com um dos gols mais célebres da história do clube, marcado aos 43 minutos do segundo tempo contra o Vasco da Gama no Maracanã, também um dos gols de falta mais emblemáticos do estádio, gol que garantiu a vitória por 3 a 1 do Flamengo e a conquista do Quarto Tricampeonato Carioca da história. Voltou ao Flamengo em 2009 negociando uma dívida trabalhista antiga e acabou sendo fundamental para a arrancada e a conquista do campeonato brasileiro, marcando dois gols olímpicos na reta final contra os adversário direitos na briga pelo título, Palmeiras e Atlético MG. Para muitos, o maior gringo a vestir a camisa do Flamengo.
4. Adriano
Adriano Leite Ribeiro, o Didico, o Imperador. Pouco reconhecido quando foi revelado no Flamengo, foi vendido num dos piores negócios da história do futebol brasileiro (envolvido numa troca por Vampeta que nada jogou). Depois de brilhar na Europa, voltou ao Flamengo precisando se reencontrar e conquistou o brasileiro de 2009 ao lado de Petkovic com gols inesquecíveis, atuações brilhantes e muita identificação com a torcida.
5. Renato Abreu
Carlos Renato Abreu, o Urubu Rei, teve duas passagens pelo Flamengo se tornando o maior artilheiro do clube no Século XXI até ser superado por Gabigol. Teve papel importante na conquista da Copa do Brasil em 2006 e do Carioca de 2007. O último grande cobrador de faltas que jogou no Fla.
6. Sávio
Sávio Bortolini Pimentel, uma das grandes revelações da base do Flamengo nos anos 90. Esteve no grupo campeão brasileiro de 1992, voltou para a base em 1993 e despontou em 1994 como grande promessa. Autor de gols e apresentações memoráveis fez uma grande dupla de ataque com Romário vestindo a mítica camisa 10 da Gávea.
7. Diego
Diego Ribas da Cunha, um ídolo forjado na persistência, na entrega e na própria vontade de jogar no Flamengo que ele sempre demonstrou. Depois de alguns percalços, foi uma das figuras centrais e um dos capitães do grande time de 2019. Sofreu uma fratura durante a Libertadores daquele ano e voltou a tempo de dar a assistência incrível para o gol da virada de Gabigol em Lima.
8. Obina
Manuel de Brito Filho, o Melhor que Eto'o. Obina foi campeão da Copa do Brasil em 2006, inclusive marcando um golaço no primeiro jogo da final contra o Vasco, e tricampeão carioca (2007, 2008 e 2009), mas certamente não foram os títulos que tornaram Obina ídolo da torcida. Obina era movido pela torcida que cantava que ele era melhor que Eto'o e como retribuição o via ser realmente melhor. Essa identidade tornava Obina a melhor opção para vestir a camisa do Flamengo.
9. Brocador
Hernane Vidal de Souza, o Brocador, chegou ao Flamengo para ser reserva do badalado Marcelo Moreno em 2013 e, além de ganhar a posição, conquistou a torcida rubro-negra com gols, dedicação e o título da Copa do Brasil de 2013. Assim como aconteceu com Obina antes, a torcida do Flamengo era capaz de extrair de Hernane o melhor de suas qualidades como goleador, que se não primava pela técnica compensava com muita entrega e oportunismo.
10. Romário
Romário de Souza Faria dispensa apresentações, mas sua chegada ao Flamengo foi um acontecimento. Ele havia acabado de conquistar a Copa do Mundo e ser eleito o Melhor Jogador do Mundo pela FIFA e, ainda assim, resolveu trocar o Barcelona pelo Flamengo em 1995. Ganhou dois títulos cariocas (1996 e 1990) e marcou 204 gols no Rubro-Negro. Muito embora tenha saído para o Vasco da Gama em circunstâncias polêmicas, enquanto esteve na Gávea, Romário foi um ídolo indiscutível.