Os 4 erros do Fortaleza na eliminação da Libertadores
Por Bia Palumbo
O sonho do estreante Fortaleza na Libertadores 2022 terminou nesta quinta-feira (7), com derrota para o Estudiantes, que comandou as ações e construiu um 3 a 0 de forma categórica com gols de Manuel Castro (2) e Zapiola.
Com este resultado, o time de La Plata terá outro brasileiro pela frente, o Athletico-PR, que avançou para as quartas de final ao deixar para trás o Libertad (Paraguai).
Pesou a experiência do time tetracampeão da Libertadores (1968, 1969, 1970 e 2009), que jamais perdeu um mata-mata no torneio decidindo em casa. O Leão do Pici demonstrou nervosismo, tanto que errou muitos passes (aproveitamento de 70%, sendo que o ideal é acima de 95%) e terminou o jogo com mais cartões amarelos (quatro) do que finalizações (duas).
Já o Fortaleza concentra seus esforços na disputa do Brasileirão - precisa reagir o quanto antes porque está na lanterna - e na Copa do Brasil - ganhou o primeiro Clássico-Rei, mas desde então o Alvinegro de Porangbuçu embalou na temporada e inclusive avançou na Sul-Americana.
Os erros do Fortaleza na Argentina
1. Pikachu expulso
Buscar a classificação fora de casa era difícil e a missão tornou-se ainda mais ingrata quando o camisa 22 recebeu o cartão vermelho por entrar de sola em disputa de bola e atingir o atacante Mauro Boselli. O polivalente jogador que tinha acertado o travessão cerca de 5 minutos antes deste lance saiu de campo chorando.
2. Jogo aéreo
O grande nome da partida foi Manuel Castro, autor de dois gols, ambos de cabeça após cruzamentos pelo lado direito. O Fortaleza tomou 20 dos 43 gols na temporada em jogadas pelo alto.
3. Falha na saída de bola
O gol que sacramentou a vitória argentina aconteceu após um erro do goleiro Marcelo Boeck, que tocou para o meio e deu a bola no pé de Zapiola. Ele driblou o goleiro e mandou para a rede.
4. Falta de criatividade
Escalado como titular por Vojvoda em ambas as partidas, Lucas Lima pouco contribuiu, tanto que foi substituído. Nos 53 minutos que ficou em campo o camisa 13 perdeu 10 vezes a posse de bola, sendo que tocou nela apenas 23 vezes. A produção ofensiva foi praticamente nula - no total foram 19 finalizações do time argentino contra somente duas do Leão do Pici, um exemplo de que a equipe cearense mal incomodou o goleiro Andújar.