Os destaques e as decepções das oitavas de final da Champions
Por Nathália Almeida
Eliminações surpreendentes, heróis improváveis e o início do fim de uma era dominada por dois gênios: as oitavas de final da Champions League reservaram grandes histórias, felizes para alguns e tristes para outros, como é o natural do futebol.
A seguir, destrinchamos os destaques e as decepções da fase de oitavas:
DESTAQUES
A nova geração
Kylian Mbappé e Erling Haaland foram as grandes estrelas individuais da fase de oitavas, com quatro gols cada. Sem eles, PSG e Borussia Dortmund teriam encontrado grandes dificuldades diante de Barcelona e Sevilla, respectivamente.
As atuações 'de gente grande' dos dois jovens atacantes mostram que a nova geração está sedenta por protagonismo e cada vez mais preparada para emplacar uma 'nova era' na Europa.
Thomas Tuchel
O técnico alemão ainda está se ambientando ao novo clube, mas provou que tem repertório para colocar o Chelsea nos eixos e tornar o time londrino mais regular/equilibrado. Montou um excelente plano de jogo para os confrontos contra o Atlético de Madrid, anulando o rival na ida e na volta.
Porto desafia os prognósticos
Depois do sorteio das oitavas, muitos disseram que a Juventus tinha pego a 'moleza' da vez. Mas não há jogo ganho de véspera e o Porto provou isso: fez história em Turim e avançou com um agregado de 4 a 4, graças aos dois gols de Sérgio Oliveira na Itália. Apesar de toda a diferença de badalação e orçamento, o time luso se superou no coração e contrariou os prognósticos negativos.
Sistema defensivo do City
O Manchester City é o time que menos permite finalizações contra sua própria meta na Champions. A solidez defensiva construída pela equipe vem de um esforço coletivo e da entrega de todos desde os atacantes, mas devemos destacar a grande temporada dos zagueiros do time: Stones, Laporte e Rúben Dias estão voando. Os homens de frente do Gladbach praticamente não viram a bola.
DECEPÇÕES
Diego Simeone
Pela qualidade de seu elenco e pelos investimentos feitos nos últimos anos, o Atlético de Madrid deveria entregar mais na Champions League, ou pelo menos competir na eliminatória contra o Chelsea, o que não aconteceu. Os londrinos comandaram a eliminatória, e Diego Simeone não conseguiu encontrar soluções para mudar a cara do confronto.
Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo é o único culpado pela eliminação precoce da Juventus? Obviamente não, e falamos sobre isso neste artigo aqui. Mas não podemos negar que a atuação do camisa 7 em Turim foi muito abaixo do que se espera dele e muito aquém de seu próprio padrão nesta competição. Em um jogo decisivo como esse, CR7 não poderia jamais ser 'ofuscado' por jogadores como Rabiot e Cuadrado, muito mais ativos e eficientes que o atacante.