Os motivos que levaram o Corinthians a anunciar Fernando Lázaro como novo treinador

Técnico de 41 anos assumiu o Corinthians de forma interina em duas oportunidades
Técnico de 41 anos assumiu o Corinthians de forma interina em duas oportunidades / NELSON ALMEIDA/GettyImages
facebooktwitterreddit

A promessa era de surpresa por parte do Corinthians. E assim foi. Na manhã deste domingo, 20, às vésperas da abertura da Copa do Mundo, o Timão anunciou a efetivação de Fernando Lázaro para o cargo de treinador, contrariando parte da expectativa da Fiel e da imprensa, que apostavam em um renomado nome vindo do exterior.

Mas, depois de mapear o mercado em busca de uma opção à altura de Vítor Pereira, a diretoria alvinegra resolveu apostar no ex-auxiliar por basicamente três razões: conhecimento do elenco, baixo custo e bom aproveitamento em oportunidades passadas - em 2021, na transição de Vagner Mancini para Sylvinho, e em cinco partidas do Paulistão deste ano até o luso assumir.

Das sete partidas disputadas - contabilizando as duas curtas passagens -, Lázaro venceu seis e empatou uma, resultando em aproveitamento de mais de 90% dos pontos. Foram 19 gols marcados e somente quatro sofridos nos duelos contra Sport Huancayo-PER, River Plate-PAR, Ituano, Mirassol, São Bernardo, Botafogo-SP e Red Bull Bragantino.

Para além das estatísticas, o agora técnico vem de uma longa caminhada nos corredores do Parque São Jorge. Filho do histórico ex-lateral Zé Maria, Fernando começou a trabalhar no Timão ainda no departamento de informática. Mais tarde, passou pelas comissões de Mano Menezes, Tite e Carille. Antes, era responsável pela coordenação do Centro de Inteligência do Futebol (Cifut).

Valorizado internamente, Lázaro esteve com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2018 e, se não fosse efetivado pelo Corinthians, estaria também no Catar. Pesou também a boa relação do comandante com Paulinho, Cássio, Fagner e Renato Augusto. Por fim, a questão financeira completa a equação.

Em 2023, o Timão terá de voltar a realizar pagamentos à Caixa Econômica Federal pelo empréstimo para a construção da Neo Química Arena. Surgiu, então, a necessidade de economizar. Com a saída de Vítor Pereira, a agremiação deixou de pagar um expressivo montante ao português e sua comissão, que recebiam em euro. A carência de reforços pontuais também foi levada em conta.