Os protestos que marcaram a partida entre Inglaterra x Irã, pela Copa do Mundo
Por Nathália Almeida
Como já era de se esperar, a partida entre Inglaterra e Irã, abertura do Grupo B e do segundo dia de Copa do Mundo do Catar, foi marcada por protestos humanitários de diversas origens.
Presente em grande número no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, a torcida iraniana mandou seu recado das arquibancadas, atraindo holofotes e advogando pela questão dos direitos das mulheres no país. Infelizmente conhecido por sua política restritiva e de muita repressão à liberdade das mulheres, o Irã vive uma onda de protestos femininos, combatidos pelo governo local com política de "tolerância zero".
"Mulheres, vida, liberdade"
- Mensagem da torcida do Irã no Khalifa
Além dos cartazes, diversos torcedores iranianos vaiaram o hino nacional do país antes da bola rolar, ao mesmo tempo em que inúmeros jogadores optaram por permanecer em silêncio durante a execução do hino.
Outro protesto que não passou despercebido no Estádio Internacional Khalifa partiu de Alex Scott, ex-jogadora da seleção inglesa feminina e atual comentarista da BBC Sport: durante entrada ao vivo, a profissional apareceu utilizando a braçadeira "One Love", nas cores da bandeira do arco-íris, iniciativa contra a homofobia proibida pela Fifa para este Mundial. Diversos capitães de seleções europeias haviam decidido utilizar a braçadeira, mas acabaram desistindo por conta da ameaça de sanções por parte da entidade máxima do futebol mundial.
Prática corriqueira adotada há longa data em diversas ligas do futebol europeu, a Inglaterra repetiu o protesto antirracista de ajoelhar antes do apito inicial do confronto.