Os protestos que marcaram a partida entre Inglaterra x Irã, pela Copa do Mundo

Torcedores iranianos protestaram pelos direitos civis das mulheres em seu país
Torcedores iranianos protestaram pelos direitos civis das mulheres em seu país / Robbie Jay Barratt - AMA/GettyImages
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Como já era de se esperar, a partida entre Inglaterra e Irã, abertura do Grupo B e do segundo dia de Copa do Mundo do Catar, foi marcada por protestos humanitários de diversas origens.

Presente em grande número no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, a torcida iraniana mandou seu recado das arquibancadas, atraindo holofotes e advogando pela questão dos direitos das mulheres no país. Infelizmente conhecido por sua política restritiva e de muita repressão à liberdade das mulheres, o Irã vive uma onda de protestos femininos, combatidos pelo governo local com política de "tolerância zero".

"Mulheres, vida, liberdade"

Mensagem da torcida do Irã no Khalifa

Além dos cartazes, diversos torcedores iranianos vaiaram o hino nacional do país antes da bola rolar, ao mesmo tempo em que inúmeros jogadores optaram por permanecer em silêncio durante a execução do hino.

Outro protesto que não passou despercebido no Estádio Internacional Khalifa partiu de Alex Scott, ex-jogadora da seleção inglesa feminina e atual comentarista da BBC Sport: durante entrada ao vivo, a profissional apareceu utilizando a braçadeira "One Love", nas cores da bandeira do arco-íris, iniciativa contra a homofobia proibida pela Fifa para este Mundial. Diversos capitães de seleções europeias haviam decidido utilizar a braçadeira, mas acabaram desistindo por conta da ameaça de sanções por parte da entidade máxima do futebol mundial.

Prática corriqueira adotada há longa data em diversas ligas do futebol europeu, a Inglaterra repetiu o protesto antirracista de ajoelhar antes do apito inicial do confronto.