Os técnicos estrangeiros que já treinaram clubes do Nordeste
Por Lucas Humberto
O Fortaleza está com negociações avançadas para anunciar seu novo comandante: Ariel Holan, ex-Santos. Caso as tratativas realmente se confirmem, ele será o primeiro estrangeiro na beira dos gramados do Tricolor de Aço. Tendo isso como gancho, o 90Min Brasil relembrou outros técnicos gringos que conduziram clubes do Nordeste. Confira.
Bahia
O Esquadrão de Aço teve quatro estrangeiros no comando ao longo da história. O primeiro deles foi Carlos Volante, treinador responsável por dar nome à posição no território nacional. No Bahia, ele conquistou a Taça Brasil, em 1959 - torneio que mais tarde seria conhecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como primeiro Campeonato Brasileiro. Ele conduziu a equipe somente no último jogo da final, diante do Santos, após saída de Geninho.
Manuel Fleitas Solich, paraguaio, foi o segundo técnico gringo do Bahia. Ele comandou o Tricolor durante 1970 e 1971, conquistando o Campeonato Baiano daqueles dois anos. A equipe do Nordeste também teve o argentino Armando Renganeschi na beira dos gramados, sendo que este não ganhou títulos.
O clube também teve o argentino Dante Bianchi como treinador, sendo que ele chegou ao Bahia ainda enquanto jogador. Contudo, não há muitas informações sobre sua passagem.
Ceará
O Vozão teve somente um técnico estrangeiro na história até hoje: Janos Tatray. O húngaro começou sua carreira em 1957 pelo Auto Esporte e, quatro anos depois, liderou o Ceará na conquista do Campeonato Cearense.
Náutico
O Náutico popularizou os treinadores estrangeiros no Brasil muito antes da chegada de Hernán Crespo e Abel Ferreira. Foram sete gringos na equipe de Recife, sendo: Humberto Cabelli (Uruguai), Carlos Viola (Uruguai), Aurélio Munt (Paraguai), José Fiorotti (Uruguai), Ricardo Diéz (Uruguai), Alfredo González (Argentina), Dante Bianchi (Argentina) e Juan Pérez (Paraguai).
Cabelli foi Campeão Pernambucano em 1939, assim como Munt, em 1945. González também venceu o Estadual em 1963. Fiorotti pode até não ter ganho nenhum título, mas esteve presente na vitória sobe o poderoso Botafogo de Garrincha.
Sport
O Leão também não está imune aos populares treinadores gringos. No entanto, essa história começou ainda no início do século passado, com a chegada do uruguaio Carlos Viola. Desde então, Valentín Navamuel (Argentina), Ricardo Díez (Uruguai), Salvador Perine (Uruguai), José Fiorotti (Uruguai), Dante Bianchi (Argentina), Raúl Bentancor (Uruguai) e Filpo Núñez (Argentina) passaram pela equipe.
Foram Campeões Pernambucanos: Viola (1928), Díez (1941), Navamuel (1942 e 1943), Perine (1949), Fiorotti (1953) e Bianchi (1956 e 1958).
Vitória
O Vitória teve 10 técnicos do exterior ao longo da história. Foram eles: Carlos Viola (Uruguai), Rui Carneiro (Portugal), Dario Letona (Peru), Dante Bianchi (Argentina), Carlos Volante (Argentina), Sotero Monteiro (Espanha), Raul Betancourt (Uruguai), Alfredo González (Argentina), Sergio Ramirez (Uruguai) e Dejan Petković (Sérvio).
Volante foi Campeão Baiano pelo clube em 1953 e 1955.
Santa Cruz
O Santa Cruz, por sua vez, também teve alguns comandantes gringos, sendo eles: Dante Bianchi (Argentino), Ricardo Díez (Uruguai), Alfredo González (Argentina) e Sérgio Ramírez d'Ávila (Uruguai). González sagrou-se Campeão Pernambucano em 1957.