Palmeiras segura Boca Juniors e, mesmo sem atuar bem, garante empate no jogo de ida da semifinal da Libertadores
- Verdão praticamente não construiu na Bombonera, mas defesa ficou intacta
- Quem vencer no Allianz Parque garante vaga na decisão
Por Fabio Utz
Tudo igual entre Boca Juniors e Palmeiras na semifinal da Libertadores. Nesta quinta-feira, na mítica Bombonera, brasileiros e argentinos empataram a partida de ida em 0 a 0.
No geral, os hermanos foram superiores e construíram as melhores (porém raras) oportunidades. Por sua vez, o Verdão tratou de fechar espaços e evitar que retornasse para São Paulo em desvantagem no confronto.
O jogo
Em nomes, o técnico Abel Ferreira não surpreendeu na montagem do Palmeiras. Na formatação tática, sim. Ao deslocar Artur para ser um verdadeiro parceiro de ataque de Rony, formou uma linha de três defensores, segurando Marcos Rocha ao lado de Gustavo Gómez e Murilo e liberando Mayke e Piquerez para atuarem mais como alas.
A novidade, claro, fez com que os donos da casa, ao menos de início, se colocassem de forma mais precavida em campo (muito embora alguns espaços tenham surgido), respeitando muito um adversário que, nos últimos anos, tem dominado o cenário sul-americano. Só que, aos poucos, o Boca conseguiu dominar o meio-campo e começou a empurrar o Verdão, que abusava dos lançamentos longos, para trás.
Sim, mesmo com poucas conclusões perigosas, o time xeneize se adonou do campo de jogo e, por óbvio, incendiou sua torcida. Passou a rondar a área paulista com frequência, apostando muito no recuo de Cavani para a abertura de espaços pelos lados. Aliás, foi em um momento em que o uruguaio estava mais atrás que veio a primeira chance. Ele se aproveitou de uma saída errada de Piquerez para servir Medina. Weverton acabou abafando. Já nos acréscimos, Advíncula fez cruzamento perfeito, e o centroavante cabeceou rente à trave.
O segundo tempo se iniciou com o Palmeiras 'um passo à frente', conseguindo neutralizar as principais ações dos argentinos. E, em um contra-ataque, surgiu a tão conhecida transição da equipe paulista. Marcos Rocha, com um lançamento preciso, encontrou Raphael Veiga, até então bastante sumido, atrás da defesa. Porém, o arremate saiu defeituoso. O Boca respondeu logo na sequência, e por pouco não abriu o placar. Após levantamento, Fabra apareceu às costas de Rocha, e Weverton fez um milagre.
No embalo, os argentinos cresceram mais uma vez, e quase que Weverton 'entregou a paçoca' em chute de Barco. Ao não espalmar com força, deixou a bola à feição para Cavani, mas este foi pressionado por Murilo, teve o ângulo fechado e não balançou a rede. Nos instantes decisivos, os donos da casa ensaiaram uma pressão, mas sem efeito prático. Agora, fica tudo para o Allianz Parque, na próxima quinta.