Palmeiras sofre 'derrota tripla' para o Atlético-MG e terá semana dura pela frente
Por Nathália Almeida

Quando se enfrenta um rival tradicional e dono de um elenco poderoso, um revés por 2 a 0, ao menos na teoria, não é um resultado tão fora da curva. Essa poderia ser a interpretação do torcedor do Palmeiras diante da derrota desta noite de sabádo (14) para o Atlético-MG, não fossem os 'agravantes' que marcaram a partida disputada em Belo Horizonte.
Além do aspecto mais pragmático da derrota - deixou de somar pontos e viu seu rival direto conquistá-los, abrindo vantagem na liderança -, a forma como o Verdão foi batido no Mineirão deve preocupar o torcedor: não conseguiu ter volume de jogo e não conseguiu assustar o Galo, mesmo quando a partida ainda tinha igualdade numérica.
Depois da exagerada expulsão de Patrick de Paula, aos 35' da etapa inicial, o panorama para o time paulista só se agravou: deixou os ânimos exaltados tomarem conta, perdeu seu treinador e o auxiliar técnico também por cartão vermelho, e não se reencontrou mais na partida. É compreensível que uma expulsão precoce altere o plano de jogo e culmine em uma postura mais defensiva, ainda mais em um jogo fora de casa contra o líder do Brasileiro, mas o Palmeiras tinha bola e material humano para competir mais do que competiu nesta noite no Mineirão. Em intensidade e no aspecto físico do jogo, também esteve muito abaixo em comparação com o Galo.
Para completar a "derrota tripla" do Palmeiras na noite, o goleiro Weverton precisou ser substituído após choque com Savarino em lance que resultou em gol do Galo, e preocupa para a partida de meio de semana pela Copa Libertadores.
Campeão de quase tudo em 2020 e dono de um dos elencos mais ricos e competitivos do país, o Palmeiras já provou que não é bom negócio duvidar dele em qualquer pequena turbulência. No entanto, os próximos dias tendem a ser difíceis na Academia de Futebol.