Pandemia gera desvalorização do real e atinge em cheio um possível investimento em jogadores estrangeiros

Buda Mendes/Getty Images
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a pandemia de coronavírus já infectou ao menos 3 milhões de pessoas em todo o planeta. Pois o avanço da doença tem efeito direto em questões econômicas, e isso vai se refletir em um ponto que, nos últimos anos, se tornou realidade para os clubes do futebol brasileiro: a contratação de jogadores estrangeiros.

DIEGO MARANHAO/Getty Images

Como destaca o blog do Rafael Reis, 73 atletas de fora do país disputaram ao menos uma partida do último Campeonato Brasileiro. Em 2020, quando a competição começar, este número dificilmente será alcançado. Com o Covid-19, o dólar, que começou o ano valendo R$ 4,02, agora já está cotado a R$ 5,51, uma representativa alta de R$ 37,1%. Já o euro saltou de R$ 4,49 para R$ 5,97 (mais 32,9%). Ou seja, em quatro meses, a ideia de repatriar profissionais encareceu e muito.

Bruna Prado/Getty Images

As negociações com clubes de fora pelos direitos dos jogadores normalmente acontecem em moeda estrangeira. Em diversos casos, quem chega também exige que o salário seja fixado com base nas principais moedas do mundo. Com a volatilidade do câmbio, fica praticamente impossível se preparar financeiramente para arcar com tais custos. Se, em janeiro, um atleta foi contratado com vencimento mensal de US$ 100 mil, o desembolso dos clubes pulou de R$ 402 mil para R$ 551 mil. E este valor, mesmo em um cenário de retração de receitas, precisa ser quitado. Também é preciso citar que as barreiras sanitárias impostas por países, neste momento, dificultam deslocamentos de seus cidadãos. Com fronteiras fechadas, chegar a um local está cada vez mais difícil. E isso só corrobora a ideia de que as novidades gringas ficarão, quem sabe, para 2021.

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