Para além da glória, acesso do Cruzeiro indica 'revolução' financeira depois de anos difíceis
Por Lucas Humberto
Três anos e incontáveis desafios depois, o Cruzeiro está de volta à Série A do Campeonato Brasileiro. E o retorno não poderia ter sido sacramento de melhor maneira: com uma expressiva vitória por 3 a 0 sobre o Vasco da Gama, com a torcida a plenos pulmões no Mineirão. A Raposa agora inicia o planejamento pensando na disputa da elite em 2023.
Para além das questões esportivas, o acesso simboliza uma economia completamente diferente para a equipe de Belo Horizonte. Apenas em cotas televisivas, o aumento pode ser de até 400%. Na segundona, a parcela de 2022 ficou em torno de R$ 20 milhões. Na Série A, o montante estimado está entre R$ 80 e R$ 100 milhões.
As cifras, vale ressaltar, são condicionadas pela quantidade de transmissões e posicionamento final na classificação. Mas, mesmo se desconsiderarmos as condicionantes, o pagamento na Série A é de R$ 22 milhões. A Série B, em contrapartida, sequer premia os participantes por colocação na tabela. Ronaldo Nazário, aliás, encabeça uma discussão junto à CBF para mudar a situação.
Na elite, os 16 clubes que asseguram a vaga na edição seguinte do torneio garantem premiação. Em 2021, por exemplo, o Juventude, que só conseguiu escapar do rebaixamento na rodada derradeira, embolsou R$ 11 milhões. No plano de reestruturação do Cruzeiro, há expectativas de que a equipe de
Paulo Pezzolano construa uma campanha de meio de tabela no ano que vem.
Em caso de êxito no projeto, a Raposa poderia sonhar com uma vaga na Copa Sul-Americana. Na edição passada da Série A, o 14º colocado, último que conseguiu garantir a presença no torneio continental, levou para casa R$ 12,8 milhões de premiação do Brasileirão. Parece que os melhores dias enfim estão chegando para a apaixonada torcida cruzeirense.