Para além das quatro linhas, Galo precisa tomar cuidado com possível contratação de Cuca

Sem Jorge Sampaoli, que foi para o Olympique de Marseille, da França, o Atlético-MG busca um novo treinador. A princípio, o Galo queria fechar com Renato Portaluppi, que ainda não definiu seu futuro no Grêmio, mas a negociação travou e assim o clube passou para outro nome: Cuca. À disposição do mercado desde que deixou o Santos, o técnico tem o caminho aberto e tende a ser o novo treinador da equipe.

E aí começam os problemas. Velho conhecido da Massa Atleticana, Cuca tem uma história muito bonita na Cidade do Galo, tendo conquistado uma Conmebol Libertadores (2013) e dois Campeonato Mineiros (2012 e 2013) por lá, e pode até ser considerado um dos maiores comandantes de todos os tempos do Alvinegro, mas o futebol não é (e nem deve ser) tão “preto no branco”. Como assim?

Cuca tem uma biografia bonita no futebol e segue sendo um excelente treinador, como bem mostrou no Peixe – vice da Libertadores e 8º no Brasileirão –, mas o esporte vai além das quatro linhas. Há rejeição por grande parte da torcida ao retorno do treinador e por dois motivos diferentes: uns acreditam que ele não seja o ideal para o Galo e outros não querem a sua volta por conta de uma acusação de assédio sexual contra uma jovem de 13 anos.

A primeira é discutível. Cuca é um bom treinador e tem condições de fazer um bom trabalho no Atlético, sobretudo pelo seu conhecimento do esporte, pela estrutura do clube, pelo elenco etc. Mas a segunda não é discutível. Cuca chegou a ser condenado na década de 1980 por uma acusação de assédio sexual contra uma adolescente, segundo informações do Portal Terra, e isso é muito sério. O Galo vai bancar essa situação e rejeição da Massa?

O Atlético-MG pode seguir vários caminhos nas próximas semanas (ou dias, horas...), mas o ‘bater do martelo’ pode ter consequências para muito tempo. Vale o cuidado, Galo.

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