Personagem do Choque-Rei, Daniel Alves foi contratado pelo São Paulo justamente para momentos como o desta terça
Por Fabio Utz
Quando o São Paulo resolveu contratar Daniel Alves, foi para momentos como o desta terça-feira, quando o time decide, contra um grande rival, a vaga à semifinal da Libertadores. Assim como o Tricolor é um clube para lá de vencedor, o que não falta é título na vida do lateral-direito. Por isso, a hora é de dar crédito.
É verdade que, nos últimos dias, o jogador falou besteira. Também é verdade que, nos tempos recentes, o futebol dele desapareceu - assim como o do time. Ainda é irrefutável que a pressão recai sobre os ombros de um atleta para lá de calejado. Só que, em horas decisivas, é impossível ignorar a realidade. E esta diz que o São Paulo depende da liderança de Daniel Alves. Que ele, sim, pode conduzir a equipe a um feito épico. Que ele, sim, merece esse voto de confiança - ao menos enquanto a bola estiver rolando no Allianz Parque.
Aqui não estamos para defender um jogador ou tentar afagar o seu ego. Estamos para dizer o que precisa ser dito. O são-paulino sabe que, no fundo, o Palmeiras é melhor e vem com mais confiança - apesar de não estar jogando essa bola toda também. Por isso, o camisa 10 precisa aparecer. Se não for por seus pés, por onde será? Não é à toa que, nas últimas horas, os tricolores deram para lembrar que, em campo, os três Mundiais do São Paulo e os três de Daniel Alves emolduram o Choque-Rei. E é por aí que a história será contada. Ou melhor, que ela precisa ser contada. Afinal, quem mais poderia exercer este protagonismo? Bem difícil (para não dizer impossível) achar outro personagem...
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