Pia Sundhage fala sobre permanência na Seleção e pondera: "Pensar o que poderia ter feito diferente"
- Técnica sueca tem contrato até agosto de 2024
- Brasil caiu na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina
Por Antonio Mota
A Seleção Brasileira encerrou sua participação na Copa do Mundo Feminina 2023 de forma totalmente inesperada nesta quarta-feira (2), ao empatar com a Jamaica no Melbourne Rectangular Stadium, em Melbourne (Austrália). Com o resultado, o Brasil ficou na terceira colocação do Grupo F, atrás de França e das “Reggae Girlz”, e não avançou para o mata-mata do Mundial.
A queda precoce aliada ao desempenho aquém das expectativas na Oceania coloca o futuro da técnica Pia Sundhage em xeque. A comandante da Amarelinha foi questionada sobre o assunto e, em poucas palavras, falou que deseja cumprir seu contrato, que vai até agosto do ano que vem – até as Olímpiadas de Paris 2024.
"No final o resultado é minha responsabilidade, mas não minha apenas. Tem a ver como a forma como trabalhamos, a nossa preparação. Eu realmente tenho que pensar se poderia ter feito diferente. Nós fizemos uma boa preparação, bons jogos e bons treinamentos. Há uma distância enorme entre o fracasso e o sucesso. Nós falhamos em duas coisas: na velocidade de jogo e no aproveitamento da largura do campo."
- Pia Sundhage, técnica do Brasil
Contratada em 2019, Pia comandou a Seleção em 56 jogos oficiais até aqui, com 24 vitórias, 13 empates e nove derrotas. Segundo o site “ge.globo”, o futuro da treinadora será definido após avaliação acerca dos próximos passos do time feminino do Brasil. A ideia do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, é bater o martelo com a “cabeça fria”.
"Infelizmente, a eliminação do Brasil foi precoce e o resultado da Seleção ficou aquém do esperado. Agora, é absorver o resultado e analisar com calma tudo o que aconteceu neste ciclo. Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF, na minha gestão, de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. (...) É com seriedade, trabalho e comprometimento que crescemos. Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar. Faremos os investimentos necessários para que o Brasil venha nos Jogos Olímpicos, assim como nas próximas competições, com ainda mais apoio em busca dos melhores resultados."
- Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF
Em entrevista, a treinadora da Seleção também falou sobre o futuro da atacante Marta, que já confirmou que esse foi o seu último Mundial. “Não sei [se conta com a camisa 10], acho que ela vai continuar a jogar, mas se vai ser convidada para a Seleção, temos que ver. Vai continuar difícil pra Marta continuar jogando, para ser convocada para a Seleção tem que ser melhor do que hoje e eu espero que tenha bastante jogadoras para eu convocar”.