Pontos positivos e negativos da participação da Seleção Brasileira na She Believes Cup

Na noite da última quarta-feira (24), a Seleção Brasileira Feminina fechou sua participação na She Believes Cup 2021. Com duas vitórias conquistadas em três jogos disputados, a Canarinho se despediu da Flórida com uma honrosa segunda colocação, atrás somente das atuais campeãs do mundo e anfitriãs do torneio amistoso, os Estados Unidos.

Em linhas gerais, pode-se dizer que o torcedor brasileiro entusiasta do futebol feminino ficou bastante satisfeito com o que viu da Seleção na competição. Mesmo na derrota por 2 a 0 para as norte-americanas, a Canarinho mostrou repertório e ameaçou o time da casa, dando sinais de que a diferença técnica e tática criada pelos Estados Unidos em relação ao Brasil nos últimos anos, já diminuiu neste pouco tempo de trabalho de Pia à frente da equipe verde e amarela. A seguir, destacamos o que funcionou bem e que ainda preocupou nas atuações da Seleção em Orlando:

Pontos positivos

Movimentação ofensiva
Independente da formação/titulares escolhidas por Pia, o sistema ofensivo funcionou bem, mesmo na partida contra os Estados Unidos em que a Seleção não conseguiu balançar as redes. Adriana fez uma She Believes Cup sensacional, dando bastante mobilidade ao setor de meio-campo, pisando muito na área adversária e atraindo a marcação para abrir espaços.

Marcação alta
No primeiro tempo contra o Canadá e em outros momentos das partidas contra a Argentina e Estados Unidos, a Seleção Brasileira se deu muito bem quando adiantou suas linhas e pressionou, organizadamente, a saída de bola de seus adversários.

Miolo de zaga
Até pouco tempo atrás, esse setor gerava preocupação no torcedor brasileiro. Hoje, estamos muito bem servidos com Bruna Benites, Rafaelle, Érika, Jucinara e outras jogadoras que tendem a 'dificultar' demais a vida de Pia na hora da convocação para os Jogos Olímpicos, já que cada seleção só pode levar 18 atletas para a disputa.

Pontos negativos

Saída de bola
Pia Sundhage se virou como pôde, mas ficou evidente que, sem Luana e Formiga à disposição - não foram liberadas pelo PSG para a disputa do torneio -, a Seleção perde bastante em combatividade e qualidade na saída de bola. As duas são muito entrosadas e se complementam em campo, e ainda não há reposição à altura no grupo verde e amarelo quando as duas não podem atuar.

Gol
Bárbara tem uma grande carreira e uma grande história, e merece respeito por tudo que já fez com a camisa da Seleção. Contudo, não dá para negar que a arqueira não vive um bom momento, demonstrando muito insegurança nas saídas do gol e no jogo com os pés. Aline Reis, por mérito, deveria ser a titular da Canarinho hoje.