Por que a camisa da Seleção Brasileira estava sem as cinco estrelas na hora do Hino Nacional?

Richarlison marcou o terceiro gol em dois jogos nesta data Fifa
Richarlison marcou o terceiro gol em dois jogos nesta data Fifa / ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/GettyImages
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A Seleção Brasileira goleou a Tunísia por 5 a 1 nesta terça (27) em Paris, no último jogo antes da estreia da Copa do Mundo, e um dos fatos que chamou a atenção da torcida é que os jogadores entraram em campo com uma fita preta acima do escudo da camisa, cobrindo as tradicionais estrelas que representam cada conquista da Copa do Mundo (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), e assim permaneceram durante a execução do Hino Nacional.

"Sem nossos jogadores negros, não teríamos estrelas na nossa camisa. A Seleção Brasileira é contra o racismo", dizia um cartaz exibido pelos atletas durante a tradicional foto antes de a bola rolar.

Amarildo, Brito, Carlos Alberto Torres, Didi, Edu... é possível escalar o alfabeto com os campeões mundiais pela Seleção Brasileira, a única que conquistou cinco títulos na história das Copas. E a ancestralidade está presente não apenas no sangue, mas no estilo irreverente que virou sinônimo de talento e inspiração para todos os brasileiros.

Segundo os idealizadores da ação criada pelo Itaú, patrocinador das Seleções masculina e feminina, o objetivo "é levantar um importante debate sobre a gravidade das ações racistas no universo do esporte mais amado pelos brasileiros e ressaltar que a força do país está na diversidade".

Lamentavelmente, mais um ato de racismo marcou o jogo no Estádio Parque dos Príncipes. Torcedores presentes no estádio arremessaram uma banana em campo durante a comemoração de Richarlison, que anotou o segundo gol brasileiro.

Posicionamentos como esse se fazem mais do que necessários por parte dos torcedores, dirigentes, patrocinadores e fãs de futebol, e principalmente dos jogadores, pessoas públicas e agentes importantíssimos de mudança social.