Por que celebramos o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+ em 28 de junho?

Como você pode notar, hoje não é um dia qualquer, tanto para o 90min, quanto para o mundo em que vivemos. Abraçando nossa missão de educar e conscientizar àqueles que infelizmente ainda vivem e espalham preconceito, lançamos, nesta terça-feira, uma série de materiais especiais pelo Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, anualmente celebrado em 28 de junho.

Conversamos com coletivos LGBTQIAP+ de arquibancada, elencamos medidas fundamentais que o futebol poderia adotar para ser mais inclusivo e menos agressivo às minorias, e relembramos, com esperança, algumas iniciativas valiosas que já foram realizadas por clubes e entidades por um esporte mais plural e diverso. No entanto, não explicamos o porquê do dia 28 de junho ser um marco tão importante na luta da comunidade LGBTQIAP+. Mas vamos explicar.

Nesta mesma data, mas no ano de 1969, uma violenta e repressiva ação da polícia norte-americana ao Stonewall Inn – bar que era um dos 'abrigos' à população LGBTQIAP+ em Nova Yok –, alavancou uma série de manifestações e rebeliões de grupos minoritários na luta por direitos civis básicos, como poder ser e existir sem sofrer retaliações/perseguições amparadas juridicamente pelo Estado. A reação histórica transformou-se em um marco de resistência para esta comunidade, com o mês de junho se tornando, ao redor do mundo, um período de paradas, ações e intensificação do debate sobre a luta deste grupo e os desafios que ainda enfrenta em pleno século XXI.

Passados 53 anos desde a Rebelião de Stonewall, a comunidade LGBTQIAP+ segue vivendo luta bem semelhante à de meio século atrás: ainda que avanços universais tenham sido conquistados neste meio-tempo, o atraso nas mentalidades e a discriminação direcionada (no trato individual e nas estruturas) ainda são uma constante em muitas realidades: inúmeros países ainda criminalizam a homossexualidade, como o Catar, sede da Copa do Mundo de 2022.

Hoje e em todos os demais dias, o 90min reforça seu compromisso com valores que consideramos vitais e inegociáveis: diversidade, respeito e inclusão. Lutar por um esporte mais plural e inclusivo é, por tabela, lutar por uma sociedade mais saudável e menos hostil às minorias sistematicamente marginalizadas ao longo de nossa história: mulheres, negros, LGBTs, pessoas com deficiência e tantos outros grupos. A eles, nosso abraço e solidariedade neste dia 28 de junho, dia de luta.