Por que o Brasil é favorito a sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027?
- Estados Unidos e México desistiram da candidatura conjunta
- Fifa vai votar em duas candidaturas, uma europeia, composta por Alemanha, Bélgica e Holanda, e outra sul-americana, representada pelo Brasil
- Penúltimo mundial ocorreu na França
Por Izabelle França
Ainda faltam três anos para a disputa da Copa do Mundo Feminina de 2027, mas a contagem regressiva para a décima edição do mundial já começou. No próximo dia 17 de maio, uma sexta-feira, a Fifa revelará a candidatura vencedora durante uma votação aberta no Congresso em Bangkok, na Tailândia.
Atualmente, existem duas candidaturas para sediar o torneio: uma europeia, composta por Alemanha, Bélgica e Holanda, e outra sul-americana, representada pelo Brasil. Os Estados Unidos e o México também haviam se unido em uma candidatura conjunta, mas desistiram e preferiram concorrer para a edição de 2031. A presidente da US Soccer, Cindy Parlow Cone, revelou que "ter mais tempo de preparação" vai permitir "aumentar o impacto da Copa em todo o mundo".
O último mundial ocorreu na Oceania. Na atual conjuntura, o Brasil é o grande favorito para vencer a disputa. Um dos motivos é que já houve uma Copa do Mundo há pouco tempo na Europa, realizada na França, em 2019. Por outro lado, seria o primeiro realizado na América do Sul. Além disso, o país não precisaria reformar os estádios, já que todos são modernos por conta do mundial masculino, de 2014.
Com o apoio do Governo Federal, a CBF pretende utilizar os dez estádios da última Copa, situados em Belo Horizonte (Mineirão), Salvador (Arena Fonte Nova), Rio de Janeiro (Maracanã), Manaus (Arena da Amazônia), São Paulo (Neo Química Arena), Porto Alegre (Beira-Rio), Cuiabá (Arena Pantanal), Recife (Arena de Pernambuco) e Fortaleza (Arena Castelão).
Com a infraestrutura pronta, o Brasil já realizou dois grandes eventos: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Em fevereiro, uma comitiva da Fifa realizou uma vistoria nos estádios e nos centros de treinamento dos clubes brasileiros. Na ocasião, Valesca Araújo, executiva chefe da candidatura do Brasil a sede da Copa de 2027, reforçou que temos tudo pronto para receber a décima edição do Mundial.
"A gente não precisa investir, a gente não precisa construir, a gente já tem um país praticamente pronto para receber uma Copa do Mundo. Temos equipes de trabalho prontas para executar a Copa do Mundo. E a gente tem uma população apaixonada por futebol, um monte de meninas que amam o futebol feminino e que gostariam de ter esse espaço, essa oportunidade. "
- Valesca Araújo.
O técnico da Seleção Brasileira, Arthur Elias mencionou que receber uma Copa do Mundo elevaria o desenvolvimento do futebol feminino no país e torce para que a próxima edição do torneio seja em solo verde e amarelo.
"Eu vejo só como algo positivo. Eu estou ansioso e bastante otimista com a candidatura. O Brasil merece pela história que tem com o futebol feminino, pela estrutura e pelo apoio que a CBF vem dando aos clubes. Isso só elevaria ainda mais o desenvolvimento do futebol feminino. E se tiver pressão para que a gente tenha um grande resultado, isso também é bom. Nossas atletas gostam de desafios e sempre se motivam muito (...) Tomara que a próxima Copa do Mundo possa ser aqui no nosso país."
- Arthur Elias.
Por que o Brasil é favorito a sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027?
Com apenas duas candidaturas em jogo, uma europeia e outra sul-americana, o Brasil surge como favorito, especialmente considerando que o penúltimo mundial feminino, em 2019, ocorreu na Europa, especificamente na França. Além disso, este seria o primeiro torneio realizado na América do Sul. Por sua vez, por ter sediado a Copa de 2014, o país possui toda a infraestrutura para receber a décima edição do feminino.