Por que o Palmeiras pode receber quase R$ 130 milhões nos próximos dias sem vender um jogador sequer?
Por Fabio Utz
A Real Arenas, empresa pertencente à WTorre e que administra o Allianz Parque, foi notificada a respeito de uma cobrança de R$ 128 milhões feita pelo Palmeiras. O valor se refere a quantias não repassadas ao clube, conforme previsto em contrato, nos últimos oito anos, ou seja, desde 2014, quando o estádio foi inaugurado. E o prazo para efetuar o pagamento é curto: até meia-noite de quarta-feira, 21 de junho.
Conforme detalha o GE, embora parceiros na construção do estádio, Palmeiras e WTorre têm pontos divergentes que até mesmo estão sendo discutidos em corte arbitral. Neste primeiro momento, o Verdão foi à Justiça alegando que tem direito a receitas de naming rights, aluguéis para shows, estacionamentos, lanchonetes e camarotes. A Real Arenas, muito embora admita a dívida, contesta o total do montante.
Na opinião da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, a gestão da arena, em termos financeiros, tem sido um 'péssimo negócio' ao clube - a afirmação foi feita ao próprio GE. Já a Real Arenas contestou, destacando que 'este é um modelo de negócio vencedor e que tem sido extremamente positivo para todas as partes'. Sobre as cobranças, a empresa afirma se tratar de um 'instrumento ilícito e midiático de pressão'. Ou seja, não há garantia alguma do cumprimento do prazo para o repasse. Em não havendo a quitação, a empresa passa a ter 15 dias para responder ao chamamento da ação. Se isso não ocorrer, pode sofrer penhoras e outras ações.