Por que o Santos foi condenado pela Justiça paulista a pagar R$ 13 milhões a escritório de advocacia?
Por Fabio Utz
Litigância de má-fé. É esta a alegação da Justiça de São Paulo para condenar o Santos a pagar R$ 13 milhões em ação ainda envolvendo o fundo de investimentos Doyen Sports, responsável por financiar contratações como a de Leandro Damião.
O clube, conforme informação trazida pelo GE, forjou um documento anexado ao processo, no qual é cobrado por um escritório de advocacia. O contrato em questão foi assinado em 2015 entre o Peixe e o escritório Bonassa Bucker para representação jurídica. Em 2017, Santos e Doyen chegaram a um acordo, através do qual o Alvinegro se comprometia a pagar 23,3 milhões de euros.
De acordo com o escritório, o contrato previa os chamados 'honorários de sucesso', sobre o total que o Santos deixaria de pagar no acordo firmado - R$ 107,9 milhões. O Bonassa Bucker teria direito a 10% deste montante, valor que acabou acrescido de juros posteriormente para formar os R$ 13 milhões. O contrato juntado pelo Peixe no processo omitia tal situação, e a fraude ficou constatada por perícia realizada no andamento da ação. O clube ainda pode recorrer da decisão, e existe a possibilidade de dirigentes da época (gestão José Carlos Peres) serem processados criminalmente.