Presidente do Flu respalda cobranças de organizadas e descarta mudança de técnico
- Mário Bittencourt concedeu entrevista nesta terça-feira
- Dirigente acredita que explicações para o momento foram dadas
Por Fabio Utz
No Brasil, virou moda clube abrir suas portas para torcidas organizadas fazerem cobranças e exigirem explicações. Nesta terça-feira, integrantes da diretoria do Fluminense e o técnico Mano Menezes foram interpelados por tricolores dentro da sede da instituição. Mas, na visão do presidente Mário Bittencourt, não há nada de anormal nisso.
O mandatário tricolor, em entrevista coletiva, disse que esse tipo de encontro representa uma "união super válida e bacana" na tentativa de tirar o Flu do Z-4 e evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Na visão deles, as explicações para o atual momento foram dadas. Agora, é tentar sair do atoleiro.
"Desde que seja sem violência, pacífico, sempre vamos estar de portas abertas para receber. Há dois meses já tinha ocorrido um movimento desse tipo. O clube é uma comunidade onde todos são importantes. Torcedores são importantes. Torcidas são importantes. Tivemos dignidade para recebê-los e eles fizeram as cobranças."
- Mário Bittencourt, presidente do Flu
Segundo Bittencourt, em 2009, quando o clube realizou arrancada meteórica para escapar do descenso, a situação era mais crítica. Até por isso, não há motivos para pensar, por exemplo, em uma troca na comissão técnica.
"Quando ele chegou aqui, a gente tinha 6 pontos. Éramos lanternas do campeonato. De lá para cá, ele tem 50% de aproveitamento. Hoje, só quem tem 50% é quem está em sétimo, oitavo lugar. Vamos ter que manter isso. Sei que as pessoas ficam muito tristes com essa oscilação, mas temos que ter a cabeça no lugar para não tomar decisões precipitadas. Em nenhum momento passou pela nossa cabeça mexer no comando"
Sobre o planejamento da temporada, o presidente até admite que a antecipação do retorno do time para disputar a Recopa, a pedido do técnico Fernando Diniz, pode ter prejudicado a sequência. Mas isso não justifica tamanho desnível de desempenho. "Não vou chamar de erro, mas de decisões que tomamos e que no momento entendemos que eram acertadas", completou. Nesta quinta-feira (3), o Fluminense recebe o Cruzeiro pela 29ª rodada do Brasileirão.