Presidente do Santos admite erro na demissão de Carille e faz alerta à torcida sobre próxima janela
Por Fabio Utz
Nos últimos anos, pós-vice da Libertadores de 2020, o Santos acabou virando um coadjuvante nas competições disputadas. Flertou com rebaixamento em Campeonato Paulista e Brasileirão e ainda se viu em meio a uma crise financeira.
A relação com a torcida, por óbvio, ficou conturbada, e a pressão por resultados se expandiu, influenciado até em ações que, hoje, a diretoria vê como erradas, com as constantes trocas de treinador. Em entrevista ao jornal A Tribuna, o presidente Andres Rueda admitiu que a saída de Fábio Carille, por exemplo, foi um equívoco.
"Um que me arrependo, sem dúvida, foi o Carille. Acho que deveria ter permanecido com ele. Eu tive várias situações, né? Tive um caso aí, não sei se é bom nominar, mas um caso específico do Carille, teve um problema entre ele e o gerente de futebol (Edu Dracena). Aí, eu trocava um ou trocava o outro. Infelizmente eu fiz a opção errada, faz parte."
- Andres Rueda, presidente do Santos
Aliás, Rueda disse que, se pudesse voltar no tempo, não teria contratado Dracena. "Ele é uma excelente pessoa, gosto muito dele, é um ídolo nosso, mas ele ainda não estava preparado para assumir a função. Não foi um erro dele, foi erro nosso de avaliação", acrescentou. Ainda foi claro: a torcida precisa se acostumar com a ideia de que o Santos terá que vender algum jogador na metade do ano.
"Não adianta mentir para a torcida, até pela própria demanda do mercado. Só que agora a situação financeira, não digo que tá confortável não, porque só a gente sabe o que tá penando pra conseguir sobreviver, mas todos os acordos que a gente fez, está honrando. Eu tenho algumas pendências, tem uma que é brava que a gente não conseguiu regularizar."
- Andres Rueda, presidente do Santos
Na fala acima, o dirigente fez referência ao acordo junto ao Krasnodar, da Rússia, pela compra do peruano Cueva. Ainda falta pagar entre 3 e 4 milhões de dólares. Neste domingo, o Peixe estreia no Campeonato Brasileiro enfrentando o Grêmio, em Caxias do Sul, a partir das 18h30min.
Resposta de Dracena
Ao GE, Edu Dracena deu sua versão sobre as falas de Rueda: "Não tinha problema com ninguém, divergir dentro do futebol sim, era meu trabalho preservar os interesses do Santos, jamais qualquer picuinha ou problema pessoal. O que sempre foi a tônica do trabalho era a falta de confiança no presidente, ele sempre falava uma coisa e mudava no meio do caminho, como ele mesmo disse, ele não entende nada de futebol e tem raiva de quem entende, talvez seja esse o problema".