Presidente do Santos teme punições mais pesadas por dívida
Por Pietra Pauletti
Uma dívida discutida nos últimos meses junto ao Hamburgo, da Alemanha, tem sido grande dor de cabeça no Santos, impedindo o clube de efetivar registros de novos jogadores. O time alemão cobra do Peixe 4,1 milhões de euros (R$ 23 milhões na atual cotação), por não efetuar o pagamento do zagueiro Cléber Reis, contratado em 2017.
O atual presidente, José Carlos Peres, tenta negociar o pagamento, porém tem o receio de levar possíveis punições que podem prejudicar ainda mais o Peixe. Como destaca o Lance, o cartola acredita que a situação do Santos não se encaixa como a do Cruzeiro, em que foi punido pela FIFA, tendo uma perda de seis pontos no Campeonato Brasileiro da Série B pelo não pagamento de uma taxa de 850 mil euros ao Al Wahda, dos Emirados Árabes, em um empréstimo do meia Denilson, em 2016.
Em entrevista à rádio Transamérica, nesta última quinta-feira, José Carlos Peres comentou que a dívida de Cléber Reis foi feita em 2017, sob a nova legislação. O mandatário afirmou que em 2016 era uma antiga lei, e por esse motivo, o Cruzeiro acabou perdendo esses pontos. O presidente também complementou dizendo que a punição é não poder comprar novos jogadores e que talvez podem vir outras punições mais pesadas, mas a questão agora é buscar um acordo para equacionar os valores. Pagando o montante, a questão se resolve de imediato.
O presidente também comentou do acordo para a quitação da dívida que está avançando, porém a mudança da diretoria do Hamburgo acabou dificultando o andamento.
"A gente estava bem adiantado, mas presidente e Departamento Jurídico mudaram por lá. As promessas foram feitas e não foram cumpridas na gestão passada. A gente está próximo de um acordo", explicou Peres.
Cléber Reis tem contrato com o Peixe até janeiro de 2022, porém desde o segundo semestre de 2017 ele não vem sendo aproveitado, e acumula empréstimos. O defensor atualmente está na Ponte Preta até o final dessa temporada. O jogador também já foi emprestado ao Coritiba, Paraná e Oeste nesses últimos três anos.