Pro bem e pro mal, dérbi pode ser 'divisor de águas' para trabalhos de Tiago Nunes e Luxemburgo

Nesta quinta-feira (10), Corinthians e Palmeiras se enfrentam na Neo Química Arena, duelo válido pela nona rodada do Brasileirão 2020. Os dois arquirrivais se encontram em situações distintas na competição, mas convivem diariamente com a pressão em seus respectivos bastidores. O motivo para esse cenário de intranquilidade é bem claro: ambos estão devendo futebol na temporada, performando bem abaixo do que se esperava de alvinegros e alviverdes antes da bola rolar.

Pelo lado dos visitantes, os resultados têm sido melhores do que o nível de atuações durante os 90 minutos. Evidência disso está na conquista do Paulistão nas penalidades (encerrando 12 anos de jejum) e a invencibilidade da equipe no Brasileirão: com três vitórias e quatro empates, o Palmeiras é o único dos 20 clubes da Série A que ainda não perdeu na competição. São os resultados que vem mantendo Luxemburgo 'firme e forte' na área técnica alviverde, apesar de seu trabalho enfrentar forte questionamento das arquibancadas.

A situação do Corinthians é ainda mais preocupante, pois além das performances ruins, o time tem mostrado enormes dificuldades em vencer partidas. A tão aguardada 'mudança de filosofia' para um futebol mais propositivo e ofensivo - uma das motivações para a contratação de Tiago Nunes -, ainda não aconteceu, e a décima segunda posição na tabela de classificação machuca o torcedor que se habituou a ver seu time como protagonista absoluto desta competição nos últimos 20 anos.

Publicamente, as diretorias de Corinthians e Palmeiras sequer cogitam a possibilidade de uma troca de comando técnico agora. Mas sabemos que as 'verdades absolutas' não existem no mundo do futebol, e convicções podem mudar de uma hora pra outra, vide o que aconteceu com Roger Machado no Bahia: poucos dias depois de ser 'bancado' pelo presidente do clube em comunicado oficial, o técnico acabou demitido após derrota para o Flamengo.

Com esse background de pressão sobre Tiago Nunes e Luxemburgo, somado ao fato do dérbi ser uma partida de magnitude/repercussão diferentes em relação a um jogo comum, o resultado do clássico pode ser um 'divisor de águas' para o vencedor e também para o derrotado. A ver.

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