Projeto de Superliga de clubes ganha força na Europa; R$ 26,6 bilhões é renda estimada
Por Nathália Almeida
Para desespero da UEFA, Conmebol e demais federações do futebol mundial, as grandes equipes do Velho Continente estão cada vez mais inclinadas a levar adiante o projeto de formação de uma 'Superliga de clubes', competição que reuniria 20 das principais potências da Europa e que subverteria a lógica de torneios vigente hoje chancelada por FIFA/UEFA.
Como destaca o jornalista Rodrigo Mattos em seu blog no UOL Esportes, este plano se arrasta há longos anos e tem o Real Madrid como principal entusiasta. Nos últimos meses, o projeto ganhou corpo e novos apoiadores, como o Manchester United e outras potências do futebol inglês: Chelsea, Liverpool e Arsenal. Barcelona e Juventus, por exemplo, seriam outros exemplos de clubes que já estudam a possibilidade de 'abraçar' a competição embrionária.
Envolvendo 20 clubes grandes do Velho Continente (15 fixos + cinco convidados), o torneio funcionaria em formato misto - uma fase classificatória com dois grupos de dez times seguido de um mata-mata com os times de melhor campanha -, entre os meses de maio a agosto. De acordo com os estudos feitos pelos clubes para a viabilização da competição, o potencial de receita de um torneio deste porte é de 4 bilhões de euros (R$ 26,6 bilhões), valor que, dividido entre os clubes, geraria uma verdadeira fortuna para cada.
UEFA, FIFA e demais entidades ameaçam não reconhecer a competição e já projetam retaliações aos seus envolvidos, vetando jogadores de participar de torneios de seleções como a Copa do Mundo. As instituições temem que o projeto desta Superliga de superclubes enfraqueça a Champions, a Europa League e os campeonatos nacionais por tabela, já que o abismo financeiro entre as principais forças de cada país e os clubes mais modestos ficaria ainda maior.