Quais são os jogadores afastados por esquema de apostas na Operação Penalidade Máxima?

Bauermann, do Santos, foi o primeiro jogador afastado por um clube após aparecer entre os investigados da Operação Penalidade Máxima.
Bauermann, do Santos, foi o primeiro jogador afastado por um clube após aparecer entre os investigados da Operação Penalidade Máxima. / FLÁVIO HOPP/Gazeta Press
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Em meio às investigações da Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás, que está investigando esquema de manipulação de jogos de futebol em todo o Brasil, times como Santos e Fluminense foram os primeiros a agir e já tomaram providências com relação aos seus jogadores que estão sendo investigados na operação.

O Peixe e o Flu foram os primeiros clubes do país a afastar atletas citados no escândalo. O Alvinegro Praiano afastou o zagueiro Eduardo Bauermann, que já se tornou réu no caso, enquanto o Tricolor das Laranjeiras tomou a mesma decisão com Vitor Mendes. Ambos estão sendo investigados por suspeita de manipulação de situações de jogo envolvendo casas de apostas no futebol nacional.

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1. Eduardo Bauermann – Santos

Eduardo Bauermann
Bauermann, do Santos, já virou réu na Operação Penalidade Máxima. / Pedro Vilela/GettyImages

Zagueiro titular no Santos, Bauermann foi o primeiro jogador afastado por um time no Brasil por conta das investigações da Operação Penalidade Máxima. O defensor de 27 anos foi 'encostado' após ter revelados trechos de uma conversa sua com um apostador, que teria lhe pago R$ 50 mil para que levasse um cartão amarelo em jogo contra o Avaí, pelo Campeonato Brasileiro de 2022. O camisa 4 também teria sido cobrado para ser expulso contra o Botafogo.

Em nota, o Peixe destacou o afastamento preventivo do zagueiro e destacou que “aguardará se a Justiça aceitará a denúncia para definir novas ações, sempre com o pensamento voltado a preservar a instituição. O Santos FC não tolera desvios de conduta e de ética".

2. Vitor Mendes – Fluminense

Fluminense
Vitor Mendes foi afastado das atividades no Fluminense. / MB Media/GettyImages

Pouco tempo após o Santos, já na madrugada desta quarta-feira, 10 de maio de 2023, o Fluminense seguiu o mesmo caminho do rival de São Paulo e também optou pelo afastamento do zagueiro Vitor Mendes, que teria recebido uma quantia financeira para levar um cartão amarelo em partida contra o Fortaleza, em 2022, pela 27ª rodada do Brasileirão.

"O Fluminense FC informa que o atleta Vitor Mendes está afastado preventivamente das atividades do clube", escreveu o Tricolor.

3. Richard – Cruzeiro

Richard, volante do Cruzeiro
Richard teria recebido R$ 40 mil para receber cartão em jogo do Ceará, em 2022. / Fernando Moreno/Agif/Gazeta Press

O Cruzeiro anunciou, na manhã desta quarta-feira (10), o afastamento do volante Richard, ex-Ceará citado em conversas com apostados nas mensagens anexadas na denúncia do MP-GO. “O Cruzeiro comunica que o atleta Richard está afastado preventivamente das atividades da equipe de futebol profissional”, disse curta nota do clube.

4. Pedrinho – Athletico-PR

Pedrinho, lateral-esquerdo do Athletico-PR
Pedrinho vinha sendo titular no Athletico. / Du Caneppele/Pera Photo Press

O lateral-esquerdo Pedrinho foi afastado pelo Athletico após seu nome aparecer em planilha que previa o pagamento de até R$ 80 mil para os jogadores que topassem se envolver com o escândalo de manipulação de jogos no Brasil. Veja a nota do Furacão:

"O Club Athletico Paranaense informa que o atleta Pedrinho foi afastado preventivamente das atividades com o elenco principal até que os fatos divulgados nesta quarta-feira (10) sejam rigorosamente apurados".

5. Nino Paraíba – América-MG

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Nino Paraíba foi afastado oficialmente pelo Coelho nesta quarta / RAUL ARBOLEDA/GettyImages

O lateral-direito de 37 anos teve seu afastamento comunicado pelo América-MG na tarde desta quarta-feira (10), poucas horas depois de seu nome se tornar de conhecimento público enquanto um dos citados pela Operação Penalidade Máxima. Outros três jogadores do atual elenco do Coelho também aparecem nas investigações, mas não foram afastados pela diretoria americana neste primeiro momento.

Jogadores investigados que viraram réus

Eduardo Bauermann (Santos)
Gabriel Tota (Ypiranga-RS)
Victor Ramos (Chapecoense)
Igor Cariús (Sport)
Paulo Miranda (Náutico)
Fernando Neto (São Bernardo)
Matheus Gomes (Sergipe)


Na primeira fase da investigação outros nomes foram denunciados, casos de Romário (ex-Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, atual Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, atual Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, atual Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, atual Operário-PR).

Segundo o ge, pelo menos quatro atletas entraram em acordo com o Ministério Público de Goiás ao admitir envolvimento. São eles: o zagueiro Kevin Lomónaco, do Red Bull Bragantino, o lateral-esquerdo Moraes, do Atlético-GO, o volante Nikolas Farias, do Novo Hamburgo-RS, e o atacante Jarro Pedroso, do Inter de Santa Maria.