Queda de braço: quem é a favor e quem é contra a retomada imediata do futebol no Brasil
Por Nathália Almeida
Chegamos ao dia 30 de abril, data em que as férias coletivas de jogadores/funcionários da grande maioria dos clubes brasileiros chega ao fim. Apesar do encerramento das férias, ainda não há um direcionamento definido em relação ao futebol no país, tendo em vista que nós, enquanto nação, vivemos o momento mais delicado da pandemia de coronavírus, com escalada de casos confirmados e óbitos diários.
Apesar do cenário delicadíssimo, há uma grande pressão alavancada por representantes do governo federal, além de clubes e entidades específicas, para que o futebol seja retomado de forma progressiva já nas próximas semanas. Há, também, o outro lado da moeda: dirigentes e federações totalmente contrários à ideia de que a bola volte a rolar por agora. O Globo destrinchou o cenário desta evidente 'queda de braço' que tem o futebol como epicentro:
A favor: interlocutores do governo federal de Jair Bolsonaro enxergam o futebol como um possível 'modelo' para a reabertura gradual da economia no país; aparelhados com essa ideia, estão os dirigentes de Vasco e principalmente Flamengo - a alta cúpula do clube da Gávea é a mais alinhada com o governo federal atualmente -, que trabalham em conjunto com a Federação Carioca para a retomada do Estadual; Rubens Lopes, presidente da entidade local, também é favorável ao retorno do futebol no Rio, mas vem esbarrando no posicionamento assertivo do governo do Estado.
Contra: os governos estaduais, em especial os dos principais 'mercados' do futebol no país (Rio/São Paulo), estão resistentes à ideia de retomada do futebol, especialmente diante do avanço no número de casos de coronavírus nestes dois centros; Fluminense e Botafogo são vozes dissonantes em relação à Flamengo e Vasco, sendo totalmente contrários ao apressamento do retorno do calendário; a CBF, entidade que se encontra no meio deste 'fogo cruzado', tenta gerenciar as cobranças e pressões do primeiro grupo: admitiu a retomada dos treinamentos em maio, respeitando as medidas de segurança e protocolos de higiene, mas não vê condições para determinar uma data para retomada de atividades oficiais.
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