Quem é Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG que selou a contratação de Messi

De tenista profissional ao cargo de presidente do PSG: como Al-Khelaifi contribui para projetar a imagem do Catar no mundo.
De tenista profissional ao cargo de presidente do PSG: como Al-Khelaifi contribui para projetar a imagem do Catar no mundo. / Michael Regan/Getty Images
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Todas as janelas de transferências ouvimos falar do Paris Saint-Germain. As movimentações recentes da capital francesa funcionam de tal forma que, quando Lionel Messi se despediu do Barcelona, nove em cada 10 veículos esportivos apontavam o clube do Parque dos Príncipes como favorito na contratação do craque argentino.

A chegada do lendário jogador - já "anunciada" pelos futuros companheiros de Messi -, era a peça que faltava em um plantel que já possui Neymar e Kylian Mbappé nos metros finais, além de Di María, Verratti, Wijnaldum e outros nomes servindo como apoio. Mas, afinal de contas, como uma equipe consegue reunir tantas estrelas? De onde vem o dinheiro? Todas as respostas giram em torno de Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG.

Lionel Messi Barcelona PSG Nasser Al-Khelaifi
Messi já foi anunciado extraoficialmente pelos futuros companheiros de time / SAMEER AL-DOUMY/Getty Images

Antes de explicar quem é o dirigente do momento, precisamos destacar que, ao contrário do que muitos pensam, ele não é dono do time. Al-Khelaifi atua como cartola do clube por ordem de Tamim bin Hamad Al-Thani, o emir do Catar que o colocou no comando da instituição após comprá-la por meio do fundo Qatar Investment Authority (QIA). Sem mais delongas, descubra quem é o nome por trás da chegada de Lionel a Paris.


De tenista profissional ao comando interno do PSG

Amigo da família real do Catar, a Al-Thani, Nasser Al-Khelaifi não queria administrar fundos de investimento ou lidar com as questões inerentes à presidência de um clube. Aliás, o futebol sequer era um dos seus objetivos. Desde muito jovem, ele queria ser jogador de tênis. E conseguiu. Chegou a disputar dois torneios oficiais da ATP, mas seus resultados não foram suficientes para vislumbrar uma carreira de sucesso.

Nasser Al-Khelaifi, Rafael Nadal PSG Messi
Al-Khelaifi e Rafael Nadal / John Berry/Getty Images

Relação com Al-Thani

Mesmo o futebol não sendo prioridade de Al-Khelaifi, foi através do esporte que ele conseguiu chegar ao comando interno de um dos maiores clubes da atualidade. Desde adolescente, o cartola treinava com Tamim bin Hamad Al-Thani, atual soberano do Catar. Ambos foram companheiros de seleção na Copa Davis e, entre jogos, contratempos, vitórias e derrotas, se tornaram grandes amigos. A relação de longa data, aliás, fez com que ambos se envolvessem em projetos de expansão do turismo no país.

Mais tarde, Al-Thani recrutou seu amigo para a Qatar Investment Authority (QIA) como empresário, e o colocou no comando da Federação de Tênis do Catar. Após adquirir o PSG, o emir confiou a presidência da instituição ao seu parceiro de tênis. Al-Khelaifi também recebeu os controles do BeIN Sports, famoso canal esportivo de propriedade da QIA.

Al-Khelaifi e Al-Thani. À esquerda, Leonardo PSG Messi
Leonardo, Al-Khelaifi e Al-Thani em reunião / FRANCK FIFE/Getty Images

Presidência do Paris Saint-Germain e relação com o Catar

A partir daqui, todos nós conhecemos a histórica progressão do Paris Saint-Germain que, atualmente, representa não apenas a Ligue 1 para o restante do mundo, mas também o Catar. Economicamente falando, o objetivo da QIA vai muito além de lucrar com a indústria futebolística: o órgão funciona como uma espécie de projeção do país internacionalmente.

Em suma, a QIA se aproveita da ligação com o clube do Parque dos Príncipes para atrair o turismo de alta renda a Doha e outras cidades do Catar. Rumo ao grande objetivo, Al-Khelaifi, em um movimento só, conseguiu atrair olhares de toda a Europa quando contratou Zlatan Ibrahimović. Desse ponto em diante, o PSG tornou-se um time vencedor e capaz de atrair algumas das mais renomadas estrelas do mundo, como Neymar e, agora, Lionel Messi.

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Chegada de Ibra colocou o PSG nos holofotes da Europa / Xavier Laine/Getty Images