Quem piorou e quem melhorou na Série A após trocar de treinador?
Por Antonio Mota
O Campeonato Brasileiro de 2021 despontou no horizonte com uma novidade: após apresentação da CBF, os clubes da Série A aprovaram uma nova regra, a qual limitou o número de trocas de treinadores por equipe na temporada. A sinalização foi bem vista no país, porém, na prática, não mudou muito: até o momento, mesmo que em um ritmo mais cadenciado, 18 trocas de comando já foram registradas na liga nacional.
A roda girou e girou (e vai seguir girando), mas, no campo e bola, quem melhorou e quem piorou na Série A após trocar de treinador? Há casos e casos, mas alguns se destacam.
O Bahia largou no Brasileirão com Dado Cavalcanti, passou por Diego Dabove e hoje é comandado por Guto Ferreira. Dois erros e um acerto. O Tricolor errou ao apostar em Cavalcanti, mesmo após o título da Copa do Nordeste, e também se equivocou ao entrar na moda e fechar com o argentino Dabove. Mas, no fim, foi bem ao recontratar Guto, que foi desligado tempos antes do Ceará.
Já sobre o Vozão, que dividiu opiniões ao desligar Guto, o cenário é outro. Após a saída do treinador, o Alvinegro fechou com Tiago Nunes, que pula de time em time desde que deixou o Athletico-PR, e ainda não obteve uma boa resposta. Até o momento, o técnico comandou o Ceará em 11 jogos e conseguiu apenas duas vitórias. A situação não é boa – e certamente não é melhor do que na ‘era Guto’.
Outro exemplo: o Grêmio. O Tricolor já foi comandado por três técnicos no Campeonato Brasileiro: Tiago Nunes, Luiz Felipe Scolari e, hoje, Vagner Mancini. E ainda não conseguiu reagir na luta contra o Z-4. A solução, então, seria trocar mais uma vez de treinador? Vale, talvez, um novo “comum acordo”. O fato, porém, é que o Imortal está com um pé e meio na Série B.
O Sport Club do Recife, que é concorrente do Grêmio na corrida contra o descenso nacional, também é um bom exemplo para esse texto. Insatisfeito com Umberto Louzer, o Leão decidiu sair da ‘caixinha’ e anunciou o pouco conhecido Gustavo Florentín. O paraguaio chegou para tentar salvar o clube da Série B e tem trabalho com intensidade nesta direção.
Vibrante e nervoso, Florentín vem conseguindo alguns bons resultados e criando boas esperanças na Ilha do Retiro. Uma história para acompanhar.
No mais, Hernán Crespo, Rogério Ceni, Pintado, Eduardo Barroca, Fernando Diniz, Roger Machado, Lisca, Miguel Ángel Ramírez, Alberto Valentim e outros também já passaram por essa “máquina de moer técnicos” do futebol brasileiro. E, no geral, poucos clubes tiveram a resposta esperada.
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