Renato Gaúcho reafirma desejo de assumir a Seleção Brasileira, mas critica CBF: "Bagunça"

Considerado um dos mais vitoriosos do futebol brasileiro, Renato Portaluppi já conquistou a Libertadores e como jogador e técnico, foi campeão mundial e venceu a Copa do Brasil por três clubes diferentes - Flamengo, Fluminense e Grêmio. Maior ídolo da história do Tricolor Gaúcho, o gaúcho de Bento Gonçalves que hoje está com 61 anos atuou na Europa e também trabalhou em grandes clubes como Bahia e Vasco. A lista extensa ainda tem uma lacuna: a Seleção Brasileira.

"A Seleção Brasileira é meu sonho, mas a CBF tem que tomar vergonha na cara. A verdade é essa. Se um dia eu tiver que chegar lá, não quero ser mais um. Mas chegar lá e daqui a 2 meses… 'vai embora e me dá aí saco de arroz, saco de feijão, acabou tudo'. Nessa bagunça, eu estou fora. Graças a Deus ninguém me chamou. Eu não iria. Do jeito que está a situação na CBF, independente de quem quer que seja o presidente da CBF, mas ela tem que tomar vergonha na cara. Para o bem do futebol brasileiro. "

- Renato Gaúcho, técnico do Grêmio

"Não, não. Alguém sempre chegava 'ó, os caras vão te chamar…' Mas eu não trato com ninguém de qualquer clube enquanto o clube ou a seleção brasileira tiver treinador. Eu vou respeitar. Se alguém me procurar, pode me esquecer. Quer me contratar tem que estar sem treinador. Eu não vou sacanear colega de profissão. Cara, eu vou te falar uma coisa. Vou te falar sinceramente, se eu fosse chamar para a Seleção agora, eu não iria. Com todo o respeito. Nessa bagunça eu não vou entrar não. Nada a ver com Dorival. Eu liguei para ele, dei os parabéns. Ótimo, grande treinador, merecia a oportunidade, entendeu? Se no lugar dele, se alguém tivesse me chamado, do jeito que está a CBF, essa bagunça de hoje, estava fora. Ainda bem que ninguém me ligou. Mas ele, merecidamente, foi chamado e aceitou. Cada um é cada um. Eu não teria ido."

- Renato Gaúcho, técnico do Grêmio

Até agora, a carreira de Renato na Seleção se resume ao período em que era atacante. Foram 42 jogos e cinco gols marcados. Ele disputou três edições da Copa América (1983, 1989 e 1991) e a Copa do Mundo de 1990, na Itália.

Desde a saída de Tite, após a Copa do Mundo de 2022, a Seleção Brasileira já foi treinada de forma interina por Ramon Menezes e Fernando Diniz. O desempenho ruim em amistosos e nas Eliminatórias desencadeou uma crise que culminou com a contratação de Dorival Jr, atual bicampeão da Copa do Brasil. A estreia dele vai ser em março, quando a equipe canarinho enfrenta Inglaterra e Espanha, ambos na Europa.