Rincón diz que sofreu racismo no Real Madrid e que sua cor de pele o impediu de ficar mais tempo no clube

Corinthians player Freddy Rincon kisses the winner
Corinthians player Freddy Rincon kisses the winner / VANDERLEI ALMEIDA/Getty Images
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Freddy Rincón foi, sem dúvida alguma, um dos grandes volantes que o futebol sul-americano já produziu. Fez história com a seleção da Colômbia, ao disputar três Copas do Mundo (1009/1994/1998), e jogou em grandes equipes mundo afora. No Brasil, por exemplo, ganhou o Paulistão de 1994 com o Palmeiras e, mais adiante, viria a ser bicampeão brasileiro (1998/1999) e campeão do mundo (2000) pelo Corinthians.

Pois em entrevista ao jornal Marca, da Espanha, ele deu uma declaração surpreendente sobre o motivo que lhe fez ficar pouco tempo no gigante Real Madrid. O atleta chegou ao futebol espanhol no verão de 1995, depois de uma rápida passagem pelo Napoli. No entanto, já na temporada seguinte, foi liberado para uma nova ida ao Palmeiras. Segundo Rincón, sua cor de pele (negra) é que impossibilitou uma trajetória mais longa no Santiago Bernabéu, mesmo que sua contratação tenha sido um pedido do então técnico Jorge Valdano.

“Faltou ser branco. Não sofria com racismo todos os dias, mas no Real Madrid, sim. O Valdano era muito pressionado, mas sou muito grato a ele porque me fez amadurecer como homem e como pessoa”, disse o ex-atleta. E foi mais além. “Era muito pesado. Havia muitos egos, muito orgulho, coisas inerentes de estar no melhor time do mundo. Mesmo assim, fiz bons amigos, e os números mostram o meu valor”, completou. No mínimo, uma situação desalentadora e triste.

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